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Mostrando postagens de março, 2017

A previdência como uma família

O conceito familiar hoje está se expandindo de tal forma, que já li definições de casais, que moram separados, não tem filhos e formam uma família. Bom, esquecem que a ideia de expandir um conceito ao invés de fortalecer, apenas o enfraquece. Digressões a parte, o assunto que gostaria de abordar é o sistema previdenciário. Ao contrário do que parece, é uma invenção recente, data do final do século XIX início do século XX. No Brasil surgiu em 1888 para os funcionários dos correios - estes mesmos cujo fundo de pensão atualmente está virtualmente falido graças a gestão à brasileira costumaz de cada dia. Utilizando este conceito, a previdência surge na intenção de que os idosos não dependam da bondade dos filhos. Ou seja, se criou uma lei que os idosos terão vencimentos garantidos pelos que agora trabalham. É como se em um família com 2 avós, 7 filhos e 5 netos. Os filhos pagassem uma pensão para os pais. Note que os filhos terão, também, que dispor de recursos para garantir educação

Avaliando os 6 meses do Gov. Temer

A sensação de que Temer está no poder há bastante tempo é notória. Todos esperavam logo que se deu o processo de impeachment da ex presidente Dilma, que a economia iria entrar nos eixos, seguindo padrões internacionais de crescimento, com juros baixo e inflação sob controle. Contudo, tal fato não se verificou de maneira imediata, gerando expectativas frustradas na população, o que traz uma certa pressão sobre a necessária agenda ainda a ser implementada pelo Gov. Temer. A agenda necessária de controle dos gastos públicos, ou seja uma reforma fiscal, teve início com a PEC que limita os gastos públicos futuros. Portanto, criou-se algo que o orçamento público brasileiro ainda não tinha se dado conta, a escassez dos recursos. Isso, per se, já gera uma expectativa de redução na inflação futura, pois o seu principal componente, que é a emissão monetária (déficit público) teria sua trajetória controlada. Mais uma vez, tal trajetória esbarra na necessidade de fazer reformas que tornem o orç

A previsão nossa de cada dia não faz(erá) milagre.

Em entrevista marcada por um tom de desconfiança por parte da repórter do canal Globo News, uma das maiores audiências do país,  ao gestor de Carnaval da Riotur, que dispondo de dados sobre a demanda dos foliões no Carnaval passado, mostrou que as expectativas da secretaria de turismo do Rio de Janeiro foram quase todas superadas esse ano. Ao invés de se comemorar o sucesso de público, a tônica da entrevista foi sobre como pode a RioTur errar em quase todas as previsões do número de pessoas que frequentaram os blocos, problema este que leva a uma estrutura a quem, gerando filas demoradas para o banheiro, congestionamento humano, e desconforto para os foliões. O que parece um erro imperdoável da RioTur se torna uma caricatura de como o indivíduo representativo acredita que a previsão é algo exato (determinístico) e tendo fé nisso, basear todas suas decisões em tal previsão. Primeiramente é preciso entender que a previsão é um processo de natureza incerta. Ela é feita quase no escur

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