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Mostrando postagens de junho, 2015

Incentivo vs. Extrativismo

Quando compara-se  a administração dos recursos humanos na esfera pública, buscar inovação, dinamismo, pro-atividade, empreendedorismo, esforço, ética e moral, na minha opinião, é algo ligado à atividade extrativa. Como nas economias primárias do homem pré-histórico, tudo que lhe era provido, não era fruto do seu esforço ou investimento. Não havia uma preocupação hoje com a oferta futura de bens/serviços. O mesmo acontece hoje no funcionalismo público. A preocupação é em se ter uma voz política uníssona, do que ter funcionários comprometidos e bem engajados nos seus respectivos trabalhos - evitando-se com isso a politicagem dos meios públicos, simbiose esta perigosíssima. O exemplo de tal questão se reflete na recente discussão dos salários do funcionalismo do executivo, acachapados pelo recrudescimento inflacionários - ou seja, os salários perderam seu poder de compra, graças a uma inflação promovida pelo gasto público desmedido. A iniciativa privada tem formas de trabalhar a ge

Inflação e seu caminho para o bolso do pobre

A inflação ainda não é ponto pacífico na literatura econômica heterodoxa. Contudo, há muito já foi debatida a relação perigosa entre déficit fiscal e emissão monetária e suas implicações sobre a dinâmica inflacionária. O modelo de Cagan (1956) mostra as possíveis consequências para uma economia que visa combater o déficit fiscal através do imposto inflacionário e, principalmente, se este não é capaz de sustentar aquele o resultado é uma hiperinflação. O Brasil, hoje, vive novamente o cenário do recrudescimento hiperinflacionário, com uma taxa anualizada passando 8%, beirando os dois dígitos anuais. Alguns ainda preconizam que o ajuste fiscal pode piorar esta questão, pois feito de qualquer modo, pode reduzir ainda mais a arrecadação do governo, que sem o devido ajuste dos gastos, promove um aumento do déficit fiscal. A consequência deste descontrole repousa nas altas da taxa da inflação e, o caminho de transmissão da taxa de juros consegue controlar parte desse problema. Segu

GREVE

Eu pessoalmente vivi dois momentos de mobilização grandes nas universidades federais, um em 2012, e novamente agora, em 2015. O que mudou de lá para cá? Pouca coisa, inclusive o governo, a ideologia do movimento e os grupos de interesse continuam exatamente os mesmos. Se há algo que pode ser traduzido como mudança significativa é que, em 2012 o país atravessa um momento de euforia social, apostando todas as fichas em um modelo nacional desenvolvimentista, puxado por Estatais e grandes e eventos, descontrole fiscal, onde cada grupo queria mais um pouquinho no seu pires. Foi feito, em 2012 a greve conseguiu que se extingui-se a antiga separação entre a carreira dos professores titulares e os demais. Essa separação, antes de status , era também remuneratória. O que foi feito foi simplesmente acabar com a carreira do professor titular, e, após isso, subir um pouquinho os salários dos professores. Contudo, como quem possui mais experiência possui mais influência política, esse grupo a

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