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Black Friday e a Lei do Preço Único

Os EUA possuem um PIB per capita cerca de 5 vezes maior que o nosso. Movimentaram na Black Friday pouco acima de USS 50 bilhões. Uma previsão baseada em padrão de consumo iria indicar que o Brasil movimentaria, então, cerca de 1 bilhão de dólares. Contudo, nessa edição a economia brasileira movimentou cerca de metade desse valor, 1,3 bilhões de reais. 

A pergunta seria, então, iremos convergir para um valor aos padrões americanos, e se não, por quê? Bom primeiramente, acredito que a resposta a pergunta principal é não. E mais, acredito que a coqueluche gerada pela Black Friday só fez consumidores antecipar as compras de natal.

Existe ainda uma outra questão, dependendo do tamanho de sua cestas de compra, com impostos, e custo de passagem, ainda é vantagem fazer suas compras na B.F. americana, em Miami por exemplo. Os brasileiros ainda pagam muito caro para ter acesso a bens de consumo, o que gera um sentimento de histeria ao observar preços no mercado americano, o que faz com que o volume de dinheiro deixado por brasileiros no resto do mundo seja crescente mês apos mês.

A culpa não é das empresas, uma vez que existe concorrência acirrada em um mercado oligopolizado mas competitivo. A questão é que o setor de comércio lida com uma carga tributária elevada em comparação com outros setores, e mais, existe uma alta carga tributária, no país, sobre bens importados, mesmo os quais não possuem fabricantes similares no país, como computadores, celulares e etc.

A intenção dessa política talvez seja de trazer as empresas multinacionais para dentro do país, como fizeram com as montadoras. Contudo, o equilíbrio desse mercado na prática é simples, comprar estes produtos fora do país, pois ao contrário dos carros, estes produtos cabem nas malas de viagem.

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