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Mostrando postagens de agosto, 2015

Por um e único imposto

A ciência por trás do financiamento do gasto público não recai sobre a capacidade de maximizar a receita, ou, de outra forma, de conseguir financiar os gastos desprendidos. Se assim fosse, o Governo, enquanto instituição seria um agiota que manipula a sociedade para que lhe dê cada vez mais poderes sobre a mesma. Afinal de contas, quem controla a renda, controla grande parte da sociedade. A minha última afirmação não é injustificada. Além do mais, hoje podemos perceber os malefícios de ter um Governo que dispõe de quase toda a renda de uma sociedade. Veja o caso de cidades como Macaé e Itaboraí, ambas extremamente dependentes de receitas provenientes da estatal Petrobrás. Como a receita estava concentrada em um único ator, bastou o esgotamento e a ingerência da petroleira para assolar as duas cidades, gerando uma tremenda perda de bem-estar para suas populações. Em escala nacional, tal configuração é perniciosa, e cresce na medida em que se depende cada vez mais de um Governo

A secundarização a administração púbica

As bases de apoio ideológicas ao governo do PT durante esses 13 anos no poder são o setor dos profissionais de segundo escalão, ou melhor, aqueles que possuem apenas o segundo grau completo. Ou seja, operários, trabalhadores de serviços gerais, técnicos administrativos, secretariado e etc. Esses, durante a gestão do partido, obtiveram a maior ascensão em termos de salários do que os demais. Até mesmo os professores, que historicamente são ligados ao partido, por agora, necessitarem de diploma superior em qualquer instância de atuação (do primário ao segundo grau), não receberam o mesmo trato da administração da legenda. Não quero com essa introdução desmerecer a importância desses profissionais na economia, porém, deixar um alerta. Um porteiro de uma universidade pública hoje no Brasil recebe no mínimo 2400 reais. Enquanto que um professor com doutorado percebe remuneração, sem a dedicação exclusiva de 5400 reais. Ou seja, um pouco mais do dobro. Se analisarmos as outras esfe

Fim do Teorema do Orçamento Equilibrado

O teorema do orçamento equilibrado preconiza que, dado o aumento em uma unidade de gasto do governo, provido pelo aumento de uma unidade na arrecadação - por isso o nome equilibrado, pois não envolve aumento do endividamento - haveria, então, o aumento no produto do país em uma unidade. Conclusão, elevação dos gastos públicos e elevação dos tributos, tendencia esta observada principalmente a partir da 2ª Guerra Mundial. No entanto, os fatos estilizados demonstram que, para qualquer governo gastar uma unidade monetária ($1) se faz mister arrecadar pelo menos uma fração X a mais ($1 + x). Fato este devido aos custos de transação. O fator x é tão maior, quanto forem maiores os custos de transação, ineficiência e corrupção do sistema administrativo. E funciona em deseconomia de escala, ou seja, quanto maior o governo maior será essa proporção x. No caso brasileiro, tendo a estimar um x maior do que 1, ou seja, para cada um real gasto, se faz necessário arrecadar pelo menos 2. Mos

Para o fim da greve: fim do Imposto de Renda

Sem ideologias aqui ou apologias a qualquer modelo de administração pública. A carreira docente está em crise no país. Seja em qualquer esfera. Contudo, de onde menos se espera, surgiu uma proposta com uma lucidez louvável. O Dep. Federal Índio da Costa propôs acabar com o imposto de renda sobre os professores. Ou seja, na prática, isso eleva o salário dos docentes de 11,5% até 27,5%, sem impacto direto no aumento das despesas. clique aqui A argumentação de que a queda da arrecadação pode vir a ser prejudicial para o Governo, cai por terra, ao se pensar em quanto deveria ser aumentada a receita para se elevar os salários dos professores. De forma esdrúxula - mas que deve ser melhor que a realidade - penso que para cada 1 real a mais gasto,se faz necessário aumentar a receita em 2 reais através de impostos. Ou seja, 50% do que se arrecada não retorna para o sistema econômico de origem, provavelmente se perde ou na corrupção ou na inépcia da própria administração. Espero que tod

Dólar, o que fazer?

A questão que emerge hoje é que irá acontecer amais com o dólar. A divisa americana avançou mais de 100% durante o mandato da presidente Dilma, e, principalmente, no segundo mandato, o receio é que dos antigos R$2,40, o dólar avance para R$4,00 - cenário este mais factível. Com a tendência de alta do dólar, quem tem necessidade da divisa para um horizonte de no máximo 6 meses, é aconselhável comprar desde já em espécie. Compras em cartão de crédito, são debitadas segundo uma  cotação posterior da compra, e ainda se paga o IOF, logo, são uma opção apenas para eventuais emergências. O cenário para um horizonte de 1 ano ainda é incerto, pois as olimpíadas trarão um afluxo da divisa, seja pelos turistas, seja pelos investidores estrangeiros para aproveitar a visibilidade mundial do evento. Contudo, a instabilidade política pode pesar negativamente, e fazer com que a divisa continue a se apreciar frente ao real. No que tange o mercado interno, pode haver uma melhora no consumo intern

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