As bases de apoio ideológicas ao governo do PT durante esses 13 anos no poder são o setor dos profissionais de segundo escalão, ou melhor, aqueles que possuem apenas o segundo grau completo. Ou seja, operários, trabalhadores de serviços gerais, técnicos administrativos, secretariado e etc. Esses, durante a gestão do partido, obtiveram a maior ascensão em termos de salários do que os demais. Até mesmo os professores, que historicamente são ligados ao partido, por agora, necessitarem de diploma superior em qualquer instância de atuação (do primário ao segundo grau), não receberam o mesmo trato da administração da legenda.
Não quero com essa introdução desmerecer a importância desses profissionais na economia, porém, deixar um alerta. Um porteiro de uma universidade pública hoje no Brasil recebe no mínimo 2400 reais. Enquanto que um professor com doutorado percebe remuneração, sem a dedicação exclusiva de 5400 reais. Ou seja, um pouco mais do dobro.
Se analisarmos as outras esferas da administração pública, iremos perceber o mesmo viés no trato da carreira. Isso é necessariamente ruim? Depende. Depende, primeiro, da produtividade dos atores envolvidos, e de como se dá a gerência desse pessoal. Em escala estritamente positiva, observa-se que os funcionários técnicos, apenas com segundo grau, não apresentam motivação para se qualificarem e subir no organograma das empresas ou órgãos públicos, e a ingerência gerada por isso, retira a hierarquia do comando dos gestores, dado que a estabilidade no emprego inibe a produtividade.
O quadro se agrava, no entanto, quando analisamos o perfil dos novos ingressantes a esses quadros técnicos. Na maioria, jovens formados, esperando novos concursos nas suas áreas, o que gera um turn-over elevado para as empresas.
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