O Brasil possui uma peculiaridade. O Estado é amado pelo seu povo. Não sei quando começou esse processo de adoração ao Estado. Nem sei se é algo natural ao brasileiro, ou se foi importado em algum momento na história. Mas sei que tudo que é estatal é amado. Porém, pelo motivo errado. O que é estatal é amado pois, dentre outras coisas, pertence ao cidadão, e com essa noção de pertencimento, ele acredita que pode fazer o que quiser. Sendo assim, quanto mais público, mais leniente será o trato e o manuseio, e quem sabe, maior o amor. Um grande exemplo disso era o Maracanã. Por ser um estádio público, o maior do mundo era amado por todas as torcidas do rio. Porém, todos tratavam-o como se trata a maior das vagabundas dos contos de Nelson Rodrigues, era uma Jeni de Chico Buarque, banhos de mijos, depredação, pichação, brigas, mortes, o caso emblemático de 1992, que mesmo assim, não afugentou o amor dos brasileiros pela coisa pública. Esse amor bandido, só me faz pensar que o cidadão bra