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Porte de Armas: equilíbrio pareto ineficiente

A segunda emenda americana data de 1791, ou seja, final do século 18. Nessa data, as armas existentes não passavam de 1 tiro por vez. A invenção do revolver ocorreu em 1836 por Samuel Colt. Logo, a ideia do uso de armas para proteção e utilização para fins recreativos se deu em um contexto muito diferente do atual, onde armas como metralhadoras automáticas, permitem facilmente mais de 100 disparos com uma única arma sem a necessidade de recarregar.

As armas são um importante instrumento de auto-defesa. Principalmente em um contexto no qual a segurança e a vida das pessoas estão à mercê de sociopatas e criminosos. Contudo, as armas que são utilizadas para a defesa à vida, podem ser utilizadas para ceifá-la.

Para se ter uma ideia, olhe em baixo o perfil de armamentos que existiam na época da liberação das armas e analise e compare com os padrões de armamentos modernos.




As duas imagens mostram um contexto totalmente desconexo um do outro. Enquanto que um indivíduo armado no século XVIII poderia apenas impor perdas a uma ou duas vidas. Hoje, um único indivíduo armado pode impor essa mesma perda há uma centenas de pessoas.

No entanto, sou totalmente a favor do porte de armas a todos os cidadãos maiores de idade, desde que possuam treinamento adequado e passem por um teste - se é que existe - que comprove sua estabilidade psicológica de portar uma arma. Mas essa arma só poderia ser de porte pequeno e de no máximo 2 tiros. Ou seja, ficando claro qual é o objetivo da mesma. Proteger a vida de quem a carrega, e não tirar a vida do maior número possíveis de pessoas, como é no caso da guerra.



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