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Esse pêndulo múltiplo chamando AS.



Qual a insegurança da América do Sul.? Seus membros não se enxergam assim, mas qualquer país de fora, o SIM. São países que enfrentam as mesmas contradições e geralmente se comportam em manada. Vejamos uns exemplos, apenas eleitorais.

A Argentina, uma democracia instável, que desde Menem, teve 3 presidentes que duraram menos de 2 anos no poder, e que após a onda Kirchnerista, mantém uma certa graduabilidade de transição. Porém, fez uma transição à direita em 2015. (Parece o Br com 4 anos de adiantamento e sem o PMDB para dar sustentabilidade).

O Uruguai possui menos contradições. Sem reeleições que marcam uma entrada no continuismo, se mantém à esquerda com seu atual presidente Tabaré Vázquez que fez uma tabelinha com o Lula uruguaio, o famoso Mujica. Além disso, o Uruguai abriu uma agenda liberal no âmbito civil, com liberação da maconha, o que cria um mercado, e reduz custos policiais que podem ser melhor alocados. Em síntese, o Br ganharia ao imitar o Uruguai. Foda-se os maconheiros, meu dinheiro seria melhor gasto se a política solucionasse assassinatos.

O Paraguai o tigre da AL. Membro do Mercosul, sempre foi o defier na política mercantilista do bloco. Ta nem aí para as o tratado de união aduaneira. Simplesmente ganha dinheiro importando sem tarifas, e vendendo na fronteira. Antes do plano real, A ponte da amizade era o maior entrave comercial com o Brasil no mundo. Hoje perde para Miami. É isso, paga imposto sobre consumo quem é otário. E paraguaio pelo visto, aprendeu essa lição. Tem carga tributária baixa, e ao que parece, é o menos instável, junto com o Uruguai, em termos de agenda política.

Peru parece um satélite brasileiro. Dificilmente persegue agenda própria, e acabou imitando o Brasil no combate a corrupção, destituindo Kuczynski, envolto a escândalos com a Odebrecht (pqp!! até lá?). Ps. Ele renunciou, mostrando dignidade e respeito às instituições.

Bolívia e Venezuela, seguem sua agenda nacionalista, com tempero ditatorial, em menor e maior grau, respectivamente. Morales e Chavez são/era líderes naturais, com grande capacidade de cooptação. Maduro não. Por isso, ganhou tons ditatoriais, para se manter no poder.

Em resumo. Brasil poderia hoje ser uma Venezuela, se Lula quisesse o 3o mandato, e tivesse um afã ditatorial. Não o teve, e por isso, é um democrata. Paga o preço, no entanto, de não saber escolher o momento sucessório. Serra em 2010, era um quadro muito mais civilizado do que a Dilma, inclusive sobre o prisma ideológico. Foi exilado político. Mas como todos sabem, foi derrotado de forma acachapante em 2010. A sucessão custou ao PT e Lula, como diria Thanos, everything.

O Brasil, patina entre um pêndulo de comprimento curto. Oscilando rapidamente de um lado para o outro, sem uma agenda de Estado. A transição entre FHC e Lula, parece um sonho distante. Assim sendo, em 2022, estamos igual em Mulheres de Areia e a música de Pepeu: "Tudo pode acontecer".

A única tônica que não muda, são os privilégios medievais da alta casta do Governo, que independentemente do poder, usa e abusa do erário, e da moral coletiva. Seria essa o único vetor que não e altera na trajetória brasileira?

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