Um relógio quebrado acerta 2x ao dia.
A atual política de trânsito aponta na direção da redução acertada de mortes. Porém, dando incentivos errados aos agentes. A ideia principal é reduzir uma cadeia, que começa com um incentivo financeiro. Vamos punir quem não coloca o cinto, não respeita o limite de velocidade, e criar mais regras, como faróis acesos durante o dia, cadeirinhas e etc.
Sempre com punições e incentivos financeiros. Os Estados e Municípios gerenciam esta implementação. E passaram a ter incentivos óbvios em gerar uma fonte secundária de recursos. As expensas do combate ao desrespeito e imprudência.
O que observamos hoje é uma indústria da multa, que cresceu enormemente, e cujos resultados em redução dos óbitos foi exitoso. Todos ganharam? E em relação aos que morreram, são amparados legalmente com a punição de seus algozes?
Vejamos os dados. Não há uma única pessoa presa preventivamente por acidente de transito. Punimos quem vende maconha, e soltamos quem mata nas ruas. É justo? Além disso, paralelamente a indústria da multa, surgiu a indústria da contra-multa. Advogados especializados em reduzir multas e garantir o direito de dirigir dos transgressores contumazes.
Este foi o caso da Audenilce (diarista) e estava a caminho do trabalho as 06:00 da manhã que foi morta pelo Fábio Alonso de Carvalho que já havia matado outra pessoa em 2014. Obviamente bêbado e drogado, saiu sem prestar socorro e se apresentou de forma tranquila 3 dias depois, após os vestígios dos entorpecentes saírem do corpo.
Provavelmente sempre recorreu das multas e das sanções administrativas, e fará de novo. E estará nas ruas, colocando a vida de outrem em risco. Faz algum sentido isso?
Discuto esta questão neste vídeo.
Conto no vídeo com a participação ilustre do Erick, motorista de aplicativo, e que demonstrou muita lucidez no comentário.
https://youtu.be/9pXeVtJTvP0
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