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O Labirinto de Kubrick e as Histórias da Nasa

Recomendo para quem tem algum interesse em cultura cinematográfica e tem algum tipo de juízo crítico assistir ao filme O Iluminado (1980). Só a interpretação do Jack Nicholson já vale o filme inteiro. A partir desse filme, o diretor Rodney Ascher resolveu criar um documentário açambarcando todas as histórias e teorias de conspiração que foram levantadas ao longo dos anos sobre o filme do cineasta que tinha um QI de 200. clique na imagem para ver o documentário As duas teorias que chamaram minha atenção é de que o filme é uma metáfora sobre o massacre dos índios nos Estados Unidos, aonde o oeste americano foi desbravado e construído com base no sangue, pele, cabelo, unhas e as terras dos povos indígenos. As cenas com o machado aonde Jack persegue sua mulher e seu filho pelo hotel dão um contorno a esta teoria, bem como outras referências. A segunda teoria, essa sim bastante consistente, remete ao fato de que Kubrick pode ter sido o diretor por trás de uma das maiores

Uma boa aula sobre a Inflação brasileira

Tem-se no Brasil uma intensa discussão sobre o tema inflação, e por incrível que pareça, existe seus defensores, apontando que a inflação é algo saudável. Inflação nada mais é do que a perda de valor da moeda, que é convertida para o Banco Central via emissão monetária. Ou seja, ele "rouba" parte do valor da moeda da população e esse fenômeno não é contabilizado. O economista e professor da PUC-rio Gustavo Franco, ex-presidente do BaCen, e uma das cabeças por trás do plano real, escreveu esse material que nos ajuda a refletir sobre a prática do imposto inflacionário, e como o arcabouço jurídico brasileiro foi capaz de instituir esta prática. Segue aqui o trabalho: clique aqui.

Educação e Desigualdade Social

Existe uma penca de argumentos e autores que atestam que o ensino público no Brasil já foi muito melhor do que é hoje. Apesar de muitos argumentos nesse sentido, não se pode inferir sobre a qualidade do ensino brasileiro básico antes dos primeiros dados da Prova Brasil em 2005. Mas se pode aferir algo em termos de avanço na educação, por exemplo, sobre a questão da média de anos de estudo. Tem-se a seguinte configuração educacional entre 1981 e 2007. Gráfico 1: Evolução dos anos de estudo no Brasil Fonte: IPEADATA Infere-se do gráfico 1 que em 1981 o brasileiro médio havia estudado apenas 3,8 anos, o que significa o seguinte: a média da população não tinha concluído sequer o primeiro ciclo do ensino básico (4a série). Já em 2007, ocorreu um aumento de quase 100% na média de anos de estudos, mas, mesmo assim, ainda não chegamos a ter como média um indivíduo que tenha concluído os 9 anos do ensino básico.  Ou seja, a tese de que nossa educação era melhor, não pode ser testad

De Joel para Eike: "u ta de brincation with me cara?!?!" após ler o artigo/desabafo de Eike no jornal O Globo: http://oglobo.globo.com/economia/o-brasil-como-prioridade-ontem-hoje-sempre-9095456

Quem leu hoje o artigo de Eike Batista no jornal O Globo, deve ter tido a mesma reação do Papai Joel, para quem não leu, se quiser se irritar mais um pouquinho antes de sair para o Happy Hour, clique aqui: u ta de brincation with me cara? . Em um discurso funesto e em tom melancólico Eike poem a culpa de seu insucesso em, deixe me pensar, hora em ninguém, é isso mesmo ninguém teve culpa, foi algo que acontece...20 bilhões em sonhos e promessas vencidas evaporaram e ninguém tem culpa. "Talvez tenha confiado demais em pessoas que não mereciam esta confiança", diz Eike, um empreendedor de 57 anos, filho de um ex-diretor da Vale na época do BIG-brother quando o Brasil estava em uma ditadura. 

Ineficiência na Gestão da Educação

Em junho eu publiquei  um artigo que apontava na direção contrária do pedido de 10% do PIB para educação. Primeiro porque uma política pública não pode ser atrelada ao PIB e sim a arrecadação, e segundo, porque o montante dos gastos públicos em educação não está aquém dos países que obtém notas e indicadores educacionais muito superiores aos do Brasil, evidenciando que o problema brasileiro é de gestão, como em quase todas as áreas. Os pesquisadores e funcionários da STN Fabiana Rocha, Janete Duarte, Sérgio Ricardo de Brito Gadelha, Plínio Portela de Oliveira, Luis Felipe Vital Nunes Pereira, corroboraram a minha opinião com o seguinte artigo: É possível atingir as metas para a educação sem aumentar os gastos? Uma análise para os municípios brasileiros.  No qual eles mostram que grande parte dos municípios brasileiros obtém verba suficiente para trazer muito mais qualidade educacional. Utilizando a metodologia de DEA (Data envelopment analysis) que é utilizada de forma bastante pa

Boas ideias, maus negócios....

Na França existe a possibilidade de se comprar um imóvel a partir do seguinte modelo: uma pessoa oferece uma espécie de aluguel a uma segunda pessoa que é a dona do imóvel, quando essa pessoa deixar o imóvel por qualquer motivo, o imóvel passa a ser do ofertante do contrato. Os contratos são mais comummente ofertados para pessoas idosas e que não tem herdeiros. Sendo assim, é uma forma de constituir uma renda extra para o dono do imóvel e de garantir que o Estado não irá ficar com o imóvel após a morte do dono. Contudo, o jornal savannah morning news de 29/12/1995 contou a seguinte história. O sr. Raffray em 1965 ofereceu um contrato a uma mulher de 90 anos de idade cujo nome era Juanne Calment. O contrato oferecia 500 dólares por mês até que ela morresse, a fim de adquirir seu apartamento em Arles, no norte de Marselha, no sul da França (cidade aonde Van Gogh havia morado). O idoso passa a desfrutar, então, de uma renda mensal do comprador que joga com a possibilidade de obter

Desemprego

Para quem quiser saber mais sobre o indicador de desemprego brasileiro, segue um artigo publicado no site IMB sobre esta questão: clique aqui Desemprego ao contrário do que muita gente pensa não implica simplesmente a pessoa que não está empregada. O indicador de desemprego não divide o número de pessoas que está desempregada pelo total da população. Para o computo desse indicador precisam ser levadas em conta questões importantes, como por exemplo se a pessoa é elegível para o mercado de trabalho. A partir daí se forma então um grupo de pessoas chamadas PEA, população economicamente ativa, aonde se extrai desse computo estudantes, crianças e idosos (ou aposentados). Logo, o desemprego é computado em relação à PEA e não ao total da população como um todo. A partir daí a literatura econômica mostra que existe dois tipos de desemprego, um é chamado de desemprego estrutural e o outro de friccional. Existe também um terceiro tipo conhecido como desemprego conjuntural, mas é apena

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