Para quem quiser saber mais sobre o indicador de desemprego brasileiro, segue um artigo publicado no site IMB sobre esta questão: clique aqui
Desemprego ao contrário do que muita gente pensa não implica simplesmente a pessoa que não está empregada. O indicador de desemprego não divide o número de pessoas que está desempregada pelo total da população. Para o computo desse indicador precisam ser levadas em conta questões importantes, como por exemplo se a pessoa é elegível para o mercado de trabalho. A partir daí se forma então um grupo de pessoas chamadas PEA, população economicamente ativa, aonde se extrai desse computo estudantes, crianças e idosos (ou aposentados).
Logo, o desemprego é computado em relação à PEA e não ao total da população como um todo. A partir daí a literatura econômica mostra que existe dois tipos de desemprego, um é chamado de desemprego estrutural e o outro de friccional. Existe também um terceiro tipo conhecido como desemprego conjuntural, mas é apenas uma caracterização de tempo, pois se acredita que o desemprego conjuntural depende de fatores de curto prazo.
Focando apenas nos dois primeiros, o único desemprego que uma política econômica séria deve buscar combater é o estrutural, que como o nome já diz, é proveniente das características produtivas de uma economia bem como das características da oferta de trabalho, ou dos potenciais trabalhadores que essa economia oferece.
Pois bem, para diminuir este desemprego deve se procurar qualificar melhor o mercado de trabalho para que assim se consiga preencher os postos de trabalhos, melhorando assim a qualidade da oferta de trabalhadores, pelo outro lado, deve se procurar facilitar com que o empregador consiga efetuar essa contratação, sendo assim, políticas de auxílio desemprego, multas pesadas em caso de demissão, garantia de estabilidade no emprego, fazem com que ao invés de se proteger o empregado, crie-se menos emprego, o que reduzirá o número de postos de trabalhos ofertados.
O segundo desemprego, o friccional não é um problema. É apenas uma condição de curto prazo aonde o trabalhador ainda não encontrou o emprego almejado, contudo ele possui as qualificações necessárias para ocupar a vaga. Esse tempo vem sendo diminuído com os sites que ofertam emprego, redes sociais ligadas ao mercado de trabalho e também com a crescente percepção da importância de uma boa rede de relacionamentos (net work).
Sendo assim, o Governo deve buscar flexibilizar as relações de trabalho de forma a reduzir o nível do desemprego estrutural, e além disso, dar condições jurídicas confiáveis de que os contratos firmados no mercado de trabalho sejam respeitados, pois assim, protegemos tanto os empregadores quanto os empregados. Não adianta nada uma legislação trabalhista protetora em excesso se não existe a fiscalização.
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