Historicamente, o mercado de ações surge para ser o principal financiador das empresas de capital aberto, as famosas S.A.´s. Funciona assim, uma empresa divide seu patrimônio em lotes chamados de ações, e a partir daí leva esses lotes ao mercado, e em um processo de demanda e oferta, a empresa faz a captação de recursos com a venda de suas ações no mercado primário.
Essa venda se constitui de duas formas, a empresa leva informações sobre seus projetos e sua saúde financeira, passando confiança ao mercado de que a empresa é sólida e tem uma boa perspectiva de crescimento. E em contrapartida, o mercado compra essas ações de forma a viabilizar os investimentos pretendidos pela empresa.
Essa, sem dúvida, é uma das melhores formas de financiar projetos, e uma ótima forma de fazer com que poupadores encontrem empreendedores a fim de que investimentos sejam viabilizados. Contudo, há países cujo mercado de capitais, por ser incipiente, não tem pujança suficiente, então não é capaz de financiar todos os investimentos necessários para o bom andamento da economia.
A partir deste argumento surge a necessidade de o Estado passar a financiar esses investimentos, através de uma captação compulsória da sociedade em direção aos empresários. A resposta surge na forma dos bancos de desenvolvimento estatais, que no Brasil tem no BNDES o seu grande ator.
Contudo, o BNDES foi criado para a economia brasileira de 1952, em uma força tarefa conjunta entre BR e EUA, chamada CMBEU, aonde naquele momento, se fazia necessidade desse tipo de instituição.
Porém, a partir de 1994, com a estabilização econômica, os mercados brasileiros se desenvolveram, com a ajuda da tecnologia, e então o mercado passa a ser uma importante peça no financiamento de projetos. Não haveria então, mais, a necessidade de o Estado de forma arbitrária, exercer o papel, agora devidamente assumido pelo mercado de capitais brasileiro, com a BOVESPA e BMF.
Mas não é isso que pensa nossos condutores de políticas públicas, principalmente nosso Ilmo. Ministro da Fazenda que foi, diga-se de passagem, presidente do BNDES de 2004 a 2006, que acredita fielmente que outras pessoas podem alocar melhor o dinheiro dos indivíduos, pois somos um país de ignorantes, e por isso, o Estado deve gastar nosso dinheiro, e investir aonde ele quiser, com isso chegamos a essa trajetória de financiamento.
Veja que a partir de 2008, coincidentemente 2 anos após Guido Mântega assumir, temos que o BNDES surge como principal financiador dos empresários brasileiros, com créditos subsidiados, a custa de toda a sociedade. Além disso, os critérios para a alocação de recursos são escusos e nebulosos, não se sabe ao certo qual é o critério ou se é que tem algum.
Deixamos o Estado assumir quais são os investimentos importantes, e se nada for feito, bom... acredito que a atual conjuntura econômica já responde por mim. E aí o BeNDES tá certo? Guido já tem um admirador a
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