Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de fevereiro, 2014

Mas é carnaval...

Ontem o STF mostrou o verdadeiro baile de máscaras. Mais uma vez o sistema de freios e contrapesos - desenvolvido/pensado por Montesquieu para que uma democracia funcione de maneira plena - brasileiro se desfez das fantasias iluministas e mostrou sua verdadeira cara. Uma cara simpática, amiga e companheira, mas apenas para os mais chegados. Pergunte para Vinicius Romão se a justiça no Brasil é tão companheira assim de quem é mais desfavorecido, como é o discurso dessa "esquerda" pró-pobre do PT e por aí vai. E mais, essa mesma justiça que condena tantos outros sem provas, apenas por cor de pele e nível social, inocenta ou se torna inócua contra aqueles quem, privilegiados, consegue extrair dela sua fantasia  mais amiga. Joaquim Barbosa talvez por entender o quanto essa lei pode se valer de várias fantasias, máscaras e posicionamentos frente a casos e circunstâncias exatamente iguais, teme por se ver impotente, mesmo no mais alto grau do Judiciário, ao fazer a lei ac

Nasceu com problema

No dia 10 de fevereiro um passo foi lançado uma pedra na vidraça da dita igualdade racial brasileira. Um jovem de 27 anos, foi preso nas ruas do Méier no Rio de Janeiro, unicamente por ser negro. Uéh, quem mandou nascer assim em um país marcado pelo preconceito racial e de classe. Abordado e coagido por policiais, teve que provar sua inocência, em um sistema jurídico legal que preza a inocência de seus cidadãos. Mas, quem nasce errado nesse país precisa o tempo todo provar sua inocência. Para quem investigou o caso, a pergunta do porquê não investigar ou perquirir as informações sobre o acusado. Verificando, assim, aonde ele estava na hora em que a copeira Dalva Costa o acusou de ser o assaltante que havia levado sua bolsa, que obviamente não estava com o acusado. Nesse país marcado por um preconceito e discriminação, ainda vejo pessoas contrárias a políticas de cotas raciais. Se compararmos o tratamento dado ao Vinicius Romão com àquele provido à cúpula do mensalão, ou a qua

Rio Surreal, do preço ao trânsito

O Rio de Janeiro vive um momento sem precedentes. Algumas pessoas viram seu patrimônio triplicar em apenas 3 anos, caso de moradores de prédios velhos nos bairros da zona sul e centro, além de alguns outros bairros que cresceram. Devem estar felizes, em qual outro período poderiam ter tamanho ganho na sua restrição orçamentária? Acontece que esse ganho não é real, uma vez que não permite expandir as opções de escolhas do indivíduo. Além disso, existe um teorema que mostra que a função demanda marshaliana demanda(preço, renda) é homogênea de grau zero, ou seja, demanda(X.preço, X.renda)=demanda(preço, renda). Preços e renda são meros indexadores. Para contribuir com esse cenário, chega agora a necessidade de mudanças estruturais na cidade, levando ao caos qualquer planejamento urbano de deslocamento populacional. Não há como cuidar do deslocamento zona norte-centro, zona oeste-centro, sem perimetral, mergulhão, e nenhum projeto de deslocamento de massa como metrô e trem está sendo

Compro pois faço melhor?

O apetite voraz das empresas de tecnologia tem dado o que falar. Cada vez mais observamos a formação oligopolista neste setor. Praticamente todas as novas ideias são devoradas rapidamente pelos 3 grandes grupos que dominam a internet, Google, Microsoft e Facebook. Contudo, esse apetite voraz por novas ideias deve vir com responsabilidade. Alguém só aceita vender uma coisa se o seu preço de reserva for menor do que o preço oferecido. Para um proprietário de empresa, ele só venderá por um preço maior do que ele acha que vale. Ou então, para garantir uma aposentadoria feliz sem preocupação. A segunda opção não parece ser o caso dos dois donos do Whatsapp, cuja idade do mais velho é 40 anos. Logo, fico pensando se de fato essa tendência ao oligopolismo melhora ou não a eficiência do sistema. Pois claramente, o que o facebook quer fazer é retirar um potencial concorrente ao seu sistema. Dessarte, sair comprando tudo quanto é empresa de tecnologia pode ser uma estratégia ótima

Hipocrisia ideológica

Me recuso a aceitar o que vejo. Há pessoas que ao mesmo tempo conseguem defender (criticar) o que aconteceu com o menor acusado de cometer furtos no bairro do Flamengo, e ao mesmo tempo criticar (defender) medidas para acabar com a violências nas manifestações, que vitimaram o jornalista Santiago Andrade. Não há coerência lógica e muito menos ética nesse tipo de postura. Ambos os fenômenos estão interligados. É a violência generalizada que toma conta da sociedade, e mais, justificada e legitimada por grupos de interesses, sejam políticos sejam sociais. A questão do menor que praticada furtos no bairro do Flamengo é um exemplo típico da barbárie justificada pela violência. E mais, uma atitude covarde por parte das pessoas que o fizeram. Nas balbúrdias criadas pelos black-blocs o mesmo se repete. Não são manifestações, por um simples motivo, manifestações são um meio para atingir um fim, elas pedem e antecipam mudanças. As balbúrdias que vemos hoje em dia são um fim em si mesma

Mais médicos = mais escravos

Ingenuamente vim defendendo o programa mais médicos. Defendia por um único parâmetro, o do livre exercício da profissão. Não concordo com um grupo político ou de pressão que obrigue profissionais a realizarem pré-requisitos para trabalharem, caso não sejam obrigatórios a todos. Como médicos formados no Brasil não precisam do revalida, o mesmo tratamento deve ser aplicado para outros médicos. Cabe exclusivamente ao empregador decidir se é ou não um bom profissional, é ele quem paga! Contudo, cada vez mais fica evidente o tratamento desumano aplicado aos trabalhadores cubanos que vem para o Brasil contribuir para a saúde pública. E mais, pelo mesmo princípio do livre exercício, o mais médicos (versão exclusiva para Cuba) deveria ser radicalmente modificado. Não se pode aceitar trabalho escravo, cerceamento das liberdades individuais, nem tão pouco um tratamento diferenciado entre trabalhadores no mesmo cargo, seja em qual nível for. Astutamente, para defender a bandeira comuni

Marcadores