O Rio de Janeiro vive um momento sem precedentes. Algumas pessoas viram seu patrimônio triplicar em apenas 3 anos, caso de moradores de prédios velhos nos bairros da zona sul e centro, além de alguns outros bairros que cresceram. Devem estar felizes, em qual outro período poderiam ter tamanho ganho na sua restrição orçamentária? Acontece que esse ganho não é real, uma vez que não permite expandir as opções de escolhas do indivíduo. Além disso, existe um teorema que mostra que a função demanda marshaliana demanda(preço, renda) é homogênea de grau zero, ou seja, demanda(X.preço, X.renda)=demanda(preço, renda). Preços e renda são meros indexadores.
Para contribuir com esse cenário, chega agora a necessidade de mudanças estruturais na cidade, levando ao caos qualquer planejamento urbano de deslocamento populacional. Não há como cuidar do deslocamento zona norte-centro, zona oeste-centro, sem perimetral, mergulhão, e nenhum projeto de deslocamento de massa como metrô e trem está sendo desenvolvido, apenas o BRT que não leva o centro do Rio, apenas liga a Barra ao Galeão. Ou seja, Dali está operando nesse pensamento urbanístico.
Mas, nem tudo está perdido, olhe essa matéria: http://oglobo.globo.com/rio/decreto-de-paes-proibe-substituicao-de-onibus-por-quentoes-11698161
Maravilha, agora ônibus só poderão ser substituídos por aqueles equipados com ar. Bom, que ótimo, dado o período de 8 anos permitido para um ônibus rodar, as empresas terão que se adequar a nova lei. Mas, nesse período agora, ninguém economicamente racional fará tal mudança. Irão circular com ônibus velhos até conseguirem prever se a mudança para ar será lucrativa.
Em um momento de total caos, e pior, com recentes protestos e depredações de ônibus, mais uma vez a imperícia da administração irá colocar uma pá de cal nesse primeiro semestre do Rio de Janeiro, principalmente para quem depende de transporte público. Ou seja, todos que trabalham no centro do Rio, dado a impossibilidade logística de se deslocar de carro pelo centro e encontrar um estacionamento sem ter um custo de 50 reais dia.
Bom, o jeito agora é ver se o velho ditado "é errando que se aprende" pode nos ajudar no futuro.
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