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O futuro do emprego

Cada vez mais as relações de trabalho mudam. Na realidade, se tomarmos como base uma análise simplificada do que é trabalhar, significa ofertar sua força/capacidade de trabalho, o que envolve cada vez mais capital intelectual e humano para executar tarefas que possuem algum valor para alguém. Entender essa relação como um possível fruto de exploração é no mínimo anacrônico.

Em primeiro lugar quando procuramos trabalho, estamos ofertando nossos serviços, e buscando alguém que tenha interesse e capacidade para pagar o valor que pedimos. É um modelo de oferta e demanda, se não é tão simples, é pelo seu comportamento dinâmico. Então os equilíbrios desse modelo podem se alterar com a mudança na dinâmica do mercado.

A principal mudança no equilíbrio nas relações de trabalho são a perda da hegemonia do vínculo de trabalho estável, entre trabalhador e empregador, executando tarefas pré acordadas e sendo remuneradas mensalmente. Ou seja,o vínculo de trabalho formal, conforme prescreve nossa CLT que data de 1943. Os indivíduos antes possuíam um custo elevado para buscar quem realizasse tarefas necessárias em tempo e de forma adequada.

A questão é que qualidade profissional não é mensurada apenas olhando no rosto do indivíduo, é preciso conhecer o seu trabalho, e por isso a referência é muito importante. Em uma economia cada vez mais ligada ao capital humano, onde o valor agregado se dá de forma peremptória pelas mãos humanas, um trabalhador qualificado e bom profissional é a chave para o crescimento e desenvolvimento econômico. E isso poem em cheque o padrões usuais de trabalho.

Ninguém questiona quando se leva o carro na oficina, porque não se contrata o mecânico como seu funcionário para que ele possa estar disponível sempre que seu carro estiver com problema. Afinal de contas, seria ineficiente pagar o salário de um mecânico em caso de ele trabalhar muito bem, e seu carro nunca estiver com problemas. O melhor a ser feito é buscar seus serviços apenas quando é necessário. Assim o fazem 100% da população. O que me pergunto é, porque esses mesmos 100% se sentem ultrajados quando queremos que todas as relações de trabalho possam evoluir dessa forma?


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