Após a euforia da aprovação de ontem, rapidamente já surgiu um sinal de alerta. A desidratação, com uma possível aprovação de benesses para categorias. As quais, professores, profissionais da segurança e etc. O perigo é acharem que a reforma é um mal em si, e que distribuir tais favores, ganhará capital político futuro. Errado. Só fará aumentar a insatisfação dos que ficaram de fora.
A partir daí, é preciso vencer a narrativa de que a reforma tolhe direitos. Na realidade, ela impõe obrigações, as quais, livra o restante da sociedade, e principalmente os mais jovens, de obrigações futuras pesadíssimas. A previdência não pode ser tratada como política compensatória. Ela é de fato um seguro público. E assim, deve ser entendida. E o seguro e a massa de sinistralidade deve ser suportada pelos segurados e não sobre o restante.
O que eu quero dizer com isso. Simplesmente que em favor da previdência não podem ser comprometidos gastos com educação, saúde e segurança. Os mais jovens não podem ficar sem uma educação de qualidade (eu sei que é um argumento quase que vazio). Digo, pois a qualidade na educação vem caindo. Parece um projeto favorável a ignorância. Para tal, no meu livro: Avaliando a Educação no Brasil, demonstro que o principal gargalo são os salários dos professores. Por serem baixos, sinalizam mal para a área de educação. Atraindo não as melhores mentes. E sem as melhores, não se faz boas escolas. Mas isso é outro papo.
Por agora, a desidratação é uma realidade. Mas, já garantiu-se uma vitória com a idade mínima. O parlamento, ao que parece, deu uma resposta exitosa e POLÍTICA, ao avanço anti-democrático. Afinal, dá trabalho votar, e prestar atenção nos candidatos ao parlamento idem. Com isso cresceu historicamente a insatisfação com a instituição. Comprada por um executivo acostumado com a prática. Dado que é historicamente cooptado por grupos de interesse. Outra vez, isso é outro papo.
No meu vídeo argumento que a próxima agenda é fortalecer as estruturas produtivas. E com um cenário internacional de excesso de liquidez, o mais sensato a se fazer é retirar as amarras do crédito nacional. Permitir que o seu Zé possa pegar empréstimos em dólar, com taxas de 3% ao ano. Como fazer? Porque não, associar o empréstimo a um SWAP cambial. Aposto que ele ganharia nas duas pontas. Pois a trajetória atual do câmbio é valorização. 3,80 dólar por real não é um equilíbrio crível. Essa taxa foi fruto de muitas escolhas ruins. E que bom que temos esse instrumento -câmbio flutuante- para nos alertar.
Fiquemos de olho.
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Segue uma análise da divisão de votos por bancada de cada estado.
E um mapa com a proporção de votos - vermelho com mais votos contra. E quanto maior a mancha verde mais votos sim.
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