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Ensinamentos da Babilônia Antiga

O livro O Homem Mais Rico da Babilônia não vendeu mais de 1 milhão de exemplares a toa. Sem sombra de dúvidas o livro carrega uma mensagem muito mais poderosa do que se pode imaginar pelo título. Ao se debruçar sobre suas páginas o leitor começa a investigar segredos de prosperidade que parece que são eternos, pois funcionaram há cerca de 3000 anos atrás....na época de Nabucodonosor em   598 a.C a prosperidade já era uma garantia do tipo de política econômica que vigorava na cidade. O rei babilônico após notar que sua cidade estava pobre a pesar do fato de ter gastado uma verdadeira fortuna para erguer e reformar os muros da cidade, percebeu que essa riqueza havia parado nas mãos de poucos cidadãos da cidade. Ou seja, políticas keneysianas não são assim tão novas, e se há 3000 anos atrás não resolviam, acho que hoje em dia também não se coadunam com desenvolvimento, servem apenas como medidas anticíclicas. O rei então mandou chamar o homem mais rico e perguntou-lhe qual era o ...

O cobertor curto da democracia brasileira

Há 25 anos foi promulgada a nossa constituição de 88, no dia  2 de setembro de 1988, e já é a segunda em tempo de duração, a primeira ainda é a de 1891 que se findou em 1934. Nossa Constituição tem como base a defesa da democracia, mas de uma forma deturpada do que aconteceu em exemplos como a constituição americana ou a inglesa. O nosso Direito se constituiu com base nos direitos sociais. A base na cronologia de Marshall são os direitos civis, conhecidos como direitos de primeira geração, a partir deles foram se solidificando os outros direitos, na Inglaterra por exemplo os direitos civis foram estabelecidos no séc. XVIII, os direitos políticos apenas um século mais tarde, e os direitos sociais mais outro século. Sendo assim, uma lógica dedutiva mostra que existe uma relação cronológica direta entre esses direitos. Conhecidos como de primeira, segunda e terceira geração. A idiossincrasia brasileira é que nossa política quer levar sempre os direitos sociais em primeiro ...

Ensinamentos: Políticas Antidrogas

Seja na China do séc. XVIII, seja nos anos 30 nos EUA, na Colômbia dos anos 90, o Governo sempre perdeu feio para a economia das drogas. Lutar com ela, de fato, parece não ser a solução, os custos dessa guerra superam em muito os benefícios e o legado é sem dúvida, o aumento da violência urbana e uma desigualdade de direitos civis que beira a barbárie dos séculos das tiranias, e inquisições. É difícil tocar em assuntos que já foram debatidos por vários grandes pensadores, Milton Friedman ( http://www.youtube.com/watch?v=-shwabBMEXQ ) tem um discurso sobre as drogas, e tentar superá-lo seria uma tarefa inócua, mas posso tentar acrescentar mais dados, de forma a utilizar seus argumentos. O consumo de drogas se dá sob o prisma econômico em um setor cuja elasticidade preço da demanda é 0, ou seja, não existe sensibilidade da demanda em relação ao preço, traduzindo, o consumidor irá pagar o que for para obter sua droga. Ponto! Não há como acabar com esse mercado, apenas matando...

Democracia em prosa

Me vejo injustiçado, perdi, não sei como, estava tudo tão claro, mas mesmo assim perdi. Perdi porque o povo é ignorante, ou por motivos escusos. Sou um injustiçado, e a história ainda há de me dar razão. Não irei aceitar o que aconteceu. Não! Ficar calado jamais, aceitar nunca, irei reverter esse quadro, e se o processo democrático não foi justo, foda-se ele, procurarei outro, que me valha, que faça a verdade florescer, e que acima de tudo me favoreça. Isso mesmo, me favoreça! Sou o conhecedor dos anseios do povo, a maioria não foi comigo porque não me conhece direito, sou bom, digno, honrado, do contrário, não seria eu. Então por que perdi? Ora, injustiça, e logo você democracia, fez isso comigo? Eu que antes te defendia, era seu salvador, iria colocar-te no maior dos pedestais, e iria te honrar, agora não o faço mais. Não o faço pois cansei de você, não me serve, e se não me serve, não deve ser bom, e portanto, não quero isso para o meu país. Para o meu país quero o melhor, e ...

Sucessos Brasileiros: ENEM

O ENEM foi a ferramenta que foi capaz de democratizar o acesso ao ensino público, todas as estatísticas comprovam que houve uma mudança no perfil do universitário ingressante. O ganho do ENEM é possibilitar que estudantes de todas as partes do país concorram à vagas em qualquer uma das Universidades Federais, por um custo quase zero, e em uma prova de caráter nacional. Contudo, já ouvi algumas heresias contra o ENEM, a maior de todas é a de que, como o sistema educacional brasileiro é desigual, deveríamos colocar uma nota de corte maior para estados que tivessem um melhor ensino. -Ao ouvir isso me assustei. Bom, recuperado o fôlego, percebi que por trás das falácias desse argumento, estava a intenção de ajudar os estados e os estudantes, principalmente os que não teriam condições de igualdade no acesso à universidade. Pois bem, o primeiro ponto é que a igualdade de todos é impossível, não existe e nunca existirá um sistema educacional que faça com que todos os alunos tenham aces...

Relexões: Maracanã e a Sociedade Aberta

O direito à felicidade que alguns grupos reivindicam com a questão do Maracanã ao meu ver é descabido, primeiro porque pessoalmente nunca acreditei e aceitei o chamado o direito à felicidade, todos devem sim ter o direito de buscar sua felicidade, mas direito a serem felizes? Bom isso não é dado, e sim conquistado. O segundo ponto é que o Maracanã e o futebol é um negócio de origem privada, os times de futebol são como grandes marcas, ao se tentar estatizar o futebol estaremos cometendo um grave equívoco, pois assim, clubes com imensa maioria, iriam contestar rebaixamentos e dívidas, como muitas vezes já ocorreu no nosso país. A questão em pauta principal é sobre o coro do Maracanã é nosso , como se houvesse uma aprovação do investimento público inicial, mas um repúdio a concessão à iniciativa privada. Um estádio de futebol é caracterizado por ser um bem privado, ou seja, rival e excludente, se paga para entrar, e só uma pessoa ocupa uma cadeira. Sendo assim, a intervenção esta...

Crônicas do Brasil: A Lei de Say

Qualquer estudante inicial de economia já ouviu falar da tal da lei de Say - "toda oferta gera sua própria demanda", ou seja, Say definiu o paradoxo do ovo e da galinha da economia, que consiste na grande pergunta. O que veio primeiro?! A demanda ou a oferta?! Para Say, e para os entendedores de economia, foi a oferta que veio primeiro, pois só através delas podemos ter uma dotação orçamentária diferente de zero, o que fará com que a nossa demanda seja positiva. Já leram o livro de Robson Crusoé?! Lembre dele na sua ilha, já pensou ele querer comer arroz, trigo, carne, sem investir tempo e recursos para a obtenção de sua oferta!? Pois bem, o Governo Brasileiro se deu conta dessa tautologia agora, pois observou que incentivos ao consumo são válidos apenas em momentos de crise.... a economia brasileira não está em desemprego e muito menos com baixa capacidade ociosa. Existe falta de oferta (eficiente), e incentivar o consumo via políticas fiscais de desoneração, e políti...

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