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Democracia: Moral Harzard e Seleção Adversa

Democracia significa poder do povo. Seu sufixo do grego kratia deveria ser posto no diminutivo quando se trata da democracia institucionalizada na Constituição do Brasil. Esse diminutivo deveria conotar um poder que se assemelha ao papel da mulher na nossa sociedade há pouco tempo atrás. Onde a mulher traída não tinha o direito de pedir o divórcio, e deveria continuar com o casamento. Ou seja, ela poderia escolher, mas não poderia "demitir" um marido adúltero. As mulheres evoluíram nos seus direitos, mas o povo não. Infelizmente, não podemos demitir aqueles que nos traem, e mesmo sem ser casados, nos fodem  o tempo todo. Em um modelo de perigo moral, a falta de mecanismos e controles internos que façam com que o agente execute exatamente o que está no contrato, lhe compele a perseguir o caminho de menor esforço e de máxima utilidade para si, e não para seu contratante. E, tais mecanismos faltam na democracia brasileira. Além do mais, o mercado de políticos no Bras

Política: a arte do second best.

Muitos se deparam com falas de políticos que são diametralmente opostas. Políticos que ontem eram antagônicos hoje em dia se apoiam. Ideias e ideologias que se conflituam e se harmonizam no jogo político de uma forma que parece desafiar a física, aonde duas ideias ocupam o mesmo espaço. No jogo político poucos, ou quase nenhum, são aqueles que conseguem ser sinceros com seus pensamentos. Muitos se escondem em um grupo que fundamenta e legitima suas ações e ideias. Logo, como uma massa, as ideias se confundem e o indivíduo se confunde com o coletivo. A sinceridade dita acima é a procura pelo seus objetivos primários, ditos first best. Tais objetivos raramente são factíveis no mundo prático. Exemplo deste fato está presente na vida de todos, reveja suas escolhas, seja profissão, casamento e família e moradia. Sempre foram seus sonhos, ou foram acontecendo, de acordo com a disponibilidade? Geralmente prevalece esta última. A questão da disponibilidade faz com que escolhamos

Recontextualizando a corrida presidencial.

Analisando a corrida presidencial como um modelo de concorrência linear, ou seja, candidatos que trazem plataformas que se posicionam no velho diagrama Jacobinos e Girondinos, Dilma x Aécio são plataformas diametralmente opostas. Fato este que torna as intenções de votos entre ambos uma disputa bastante interessante do ponto de vista de plataformas políticas, uma vez que uma não pode querer se aproximar da outra. Contudo, um candidato como Eduardo Campos trouxe uma vantagem entre ambos, poderia se situar bem no centro dessa disputa, atraindo votos do eleitor mediano. Em uma disputa do tipo ordinal, Campos seria o candidato com menos rejeição de ambos os eleitores. Além do mais, puxaria votos de eleitores que votariam ou Dilma ou Aécio. Portanto, era uma peça chave para levar as eleições para o segundo turno. Com sua repentina morte, algo extremamente triste e inesperado, abriu-se uma grande janela de incerteza às vésperas da madrugada democrática. Não se tem a real noção como

Não há nada de novo debaixo do sol: Calote da Argentina

A despeito do que muitos pensam, a questão do Calote da Argentina é uma situação prevista e precificada. O país de fato passa por uma crise econômica movida e solidificada pelas políticas da dinastia Kirchner, que há mais de 1 década vem perpetrando uma política econômica de dilapidação da dívida pública argentina, aliando leniência fiscal à políticas comerciais protecionistas. Um calote é uma boa política, desde que não uma série temporal seja algo inócuo. Ou seja, se o passado de um agente pouco importa para prever seu futuro, o melhor a ser feito é quebrar contratos que lhe prendem e trazem um certo desconforto. Ainda mais em período eleitoral, as viúvas do nacionalismo sulamericano vibram ainda com a ideia e o ideal de um Estado 100% autônomo, que pode mandar para as cucuias contratos internacionais, em prol de uma dita melhora para o seu país. Acontece que do ponto de vista prático a história não é bem assim. Nenhum país hoje é uma ilha isolada. Depende de parceiros come

Clubes Brasileitos, CBF e Socialismo: pontos incomum para o fracasso.

Há uma célebre máxima a qual eu concordo: "não existe dinheiro mais mal gasto do que um dinheiro que não é seu, cujo resultado vai para outra pessoa". Assim trabalha o Governo com suas políticas. Retira dinheiro de um grupo de pessoas, no caso real, via impostos, e gasta esse dinheiro em prol de outras pessoas, em forma de políticas públicas. Acontece que uma economia que funciona apenas com um sistema de coisas em comum, ou seja, livre da propriedade privada, tende ser muito ineficiente. O principal ponto dessa ineficiência é a falta de incentivos para que um agente escolha agir otimamente, pois ele sabe que seu esforço não será apropriado em benefício próprio. E quando o resultado do sucesso é dividido, o resultado é um fracasso compartilhado. Assim funcionam os clubes de futebol no Brasil. Grande parte do esforço de uma boa gestão é compartilhado entre os sócios do clube e seus torcedores, via externalidade. Logo, os gestores não se apropriam de forma integral

Ganância: Do proletariado ao empresário

Gananciosos esses empresários. Se apropriam da mais valia gerada única e exclusivamente pela exploração da mão de obra, e com isso tem seus lucros exorbitantes. Essa ganância maldita. Que arrasta milhões para a pobreza e miséria, enquanto poucos sortudos se esbaldam na riqueza e luxo. Legal...mas e o que dizer das greves acontecidas durantes esse período de copa do mundo? Será que os trabalhadores são gananciosos também? Será? Não creio! Eles são companheiros na luta, e pela causa vale tudo, até mesmo ter um parente doente que não poderá ir ao hospital por falta de transporte público. Mas a causa vale. E daí que eles pararam a cidade. E daí que eu precisei de 4 horas para chegar no meu trabalho. Precisamos combater a ganância desses empresários. Mas combater com o quê? Mais ganância?! O oportunismo dos sindicatos revela a sua verdadeira face, ou seja, que todos são iguais, gananciosos, corruptos e ambiciosos. Todos querem uma vida melhor. Contudo a ética precisa existir. Se não

A política protecionista incentivou o déficit em transações correntes

Me lembro em 2002 um discurso do ex presidente Lula criticando a política externa do ex presidente Fernando Henrique. Segundo Lula, a petrobrás gerava empregos fora do país ao mandar produzir suas plataformas de petróleo em países como Cingapura e Corea do Sul. Ueh?! Só porque lá é muito mais barato e eficiente? Temos que salvar nossa indústria nacional e nossos estaleiros. Foi feito, grande parte da política industrial do governo PT foi pautada pela internalização da produção de muitos bens que eram importados, inclusive bens de alta tecnologia. Mas, pergunto eu, se essa tecnologia continua não sendo gerada aqui, qual foram os ganhos reais para o Brasil? Bom para o Brasil eu não sei, mas para a turma das empreiteiras, estaleiros e subsidiárias das empresas multinacionais, foi um ótimo negócio. Com isso o país passou paulatinamente a mudar artificialmente investimentos em setores produtivos para setores que receberam incentivos do governo. Um exemplo disso é o setor de info

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