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Porque os juros irão subir...

Junto com os preços represados da economia, como: gasolina, eletricidade, água, dólar e etc, teremos uma subida consubstancial dos juros na virada de 2014 para 2015. A despeito dos preceitos econômicos que regem a cuca petista e desenvolvimentista, o preço da leniência fiscal vai chegar não apenas para o governo mas também para quem não tem nada a ver com essa história, e sofrerá na pele escolhas que estão muito além da sua alçada. De acordo com a equação da paridade de juros, que mostra a relação direta entre juros nacionais, com juros internacionais e expectativa de desvalorização cambial; tem-se o seguinte cenário futuro. O câmbio real é nada mais do que a taxa de câmbio nominal descontada pela inflação; ou seja, 1 real vale o que X dólares compram nos EUA em comparação com o Brasil. Quem viaja sabe a relação dessa equação. Enquanto um celular (Iphone 6) fabricado na China custa 749 dólares, esse mesmo celular no Brasil custa 4400 reais. Logo, a taxa de câmbio real no Brasil e

Erros de Medida, IBGE, Estatísticas e Especulações

Uma vez estava por dentro da fórmula do cômputo do PIB de um Estado. Obviamente havia uma grande expectativa sobre sua divulgação e se de fato as políticas públicas foram contundentes em termos de crescimento. Bom, acontece que ocorreram alguns problemas na divulgação, e na sua véspera vários resultados emergiam dos dados coletados. E acada nova atualização o PIB estadual crescia! As piadas começaram. Uns diziam para adiar a divulgação por pelo menos 2 meses para podemos saltar a notícia de que o PIB cresceu 50%, outros diziam que bastava ir anunciando políticas e divulgado os resultados do PIB em sequencia, e acada nova política ou gol do artilheiro do time mais popular o PIB iria crescendo. Piadas a parte, o fenômeno estatístico por de trás desse aparente caos se chama erros de medida. Esses erros, caso sejam aleatórios, devem se comportar como uma distribuição normal, e portanto, podem em 60% dos casos fazer com que os resultados distem um desvio padrão para cima ou para

Inflação é preocupação de rico?

A austeridade fiscal determina a estabilidade nos preços. Sem esse pré-requisito todo e qualquer economia estará fadada há uma inflação descontrolada. Mas e eu com isso? Acontece que o índice de Gini (que mede a desigualdade de renda, quanto mais perto de 1, pior) da renda do trabalho subiu de 0,496, em 2012, para 0,498, em 2013. Mesmo durante a crise financeira internacional, a redução da desigualdade tinha se sustentado. Culpados?! Inflação no teto da meta, onde, dado os possíveis e prováveis erros de medida que acontecem em qualquer pesquisa, já estourou esse teto mesmo com os preços represados. Os pobres, e a classe média são os principais alvos do chamado imposto inflacionário. E a decorrência será o aumento da desigualdade. Mas o governo do PT não é pró-pobre? Não existe trade-off na austeridade fiscal, é um ganho de pareto ter as contas controladas, desde que você não seja a pessoa que assina o cheque com o dinheiro do povo.

Planos de Saúde, uma pirâmide perigosa

O setor de seguro saúde é vital em um país como o Brasil, com índices de saúde pública que beiram ao caos em termos de taxa de esperas para atendimento, exames, internações, cirurgias, e etc. Sem um plano de saúde, um indivíduo se vê em um mundo cuja a incerteza sobre sua própria condição de vida pode tornar suas decisões econômicas bastante complicadas. Vejamos um exemplo: todos estamos sujeitos a contingências médicas, como quebrar uma perna, um infarto, câncer e etc. Todos deveriam, então, fazer uma provisão para despesas médicas, na medida que sua propensão a esses eventos seja maior ou menor. Contudo, você conhece alguém que junta dinheiro para o consumo futuro de saúde? Não né. A questão é que as pessoas quando pensam no futuro, pensam sempre em consumir coisas que lhe tragam algum prazer, e gastos com saúde são apenas gastos com situações muito indesejadas. Logo, ninguém reflete sobre a real necessidade, até que ela aconteça, e lá se vai todo o patrimônio que o indiv

Manter a inflação dentro da meta, por quê?

Além das críticas percebidas pelo Governo no que tange ao pífio crescimento econômico desde ano, e da média dos 4 anos do atual mandado presidencial, grande parte do discurso econômico que visa alertar sobre os fracos alicerces da atual gestão mira no controle da inflação.  Alguns irão dizer que o controle inflacionário é responsabilidade do Banco Central, e a Pres. Dilma escolheu um funcionário de carreira, com ampla experiência no setor, assim como fez na Petrobrás. Não sei se um currículo que exprime uma vasta carreira no setor público se traduz em grandes virtudes, os resultados mostram o oposto. Mas, os eleitores que estão protegidos da inflação, mesmo aqueles que possuem contratos indexados, ou que acreditam que inflação é algo que, em certa medida, deve existir na economia, para haver coexistência de crescimento econômico e aumento no nível de emprego. Pois bem, existe um custo de se controlar a inflação sobre a égide da tríade Metas de Inflação, Câmbio Flutuante e

Democracia: Moral Harzard e Seleção Adversa

Democracia significa poder do povo. Seu sufixo do grego kratia deveria ser posto no diminutivo quando se trata da democracia institucionalizada na Constituição do Brasil. Esse diminutivo deveria conotar um poder que se assemelha ao papel da mulher na nossa sociedade há pouco tempo atrás. Onde a mulher traída não tinha o direito de pedir o divórcio, e deveria continuar com o casamento. Ou seja, ela poderia escolher, mas não poderia "demitir" um marido adúltero. As mulheres evoluíram nos seus direitos, mas o povo não. Infelizmente, não podemos demitir aqueles que nos traem, e mesmo sem ser casados, nos fodem  o tempo todo. Em um modelo de perigo moral, a falta de mecanismos e controles internos que façam com que o agente execute exatamente o que está no contrato, lhe compele a perseguir o caminho de menor esforço e de máxima utilidade para si, e não para seu contratante. E, tais mecanismos faltam na democracia brasileira. Além do mais, o mercado de políticos no Bras

Política: a arte do second best.

Muitos se deparam com falas de políticos que são diametralmente opostas. Políticos que ontem eram antagônicos hoje em dia se apoiam. Ideias e ideologias que se conflituam e se harmonizam no jogo político de uma forma que parece desafiar a física, aonde duas ideias ocupam o mesmo espaço. No jogo político poucos, ou quase nenhum, são aqueles que conseguem ser sinceros com seus pensamentos. Muitos se escondem em um grupo que fundamenta e legitima suas ações e ideias. Logo, como uma massa, as ideias se confundem e o indivíduo se confunde com o coletivo. A sinceridade dita acima é a procura pelo seus objetivos primários, ditos first best. Tais objetivos raramente são factíveis no mundo prático. Exemplo deste fato está presente na vida de todos, reveja suas escolhas, seja profissão, casamento e família e moradia. Sempre foram seus sonhos, ou foram acontecendo, de acordo com a disponibilidade? Geralmente prevalece esta última. A questão da disponibilidade faz com que escolhamos

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