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Maioridade Penal....Faz algum sentido?

A questão social permeia fundamentalmente a questão da maioridade penal. É obvio que crianças mais pobres, com pais ausentes, ou desconhecidos, entregues à marginalidade estarão sem dúvida mais propensos a cometer delitos. Contudo, o problema está em generalizar a palavra delito. Pequenos furtos, geralmente ligados a celulares, dinheiro e até mesmo comida, são pequenos crimes que de fato estão correlacionados com a condição desumana a qual convivem esses menores. A generalização dos crimes e delitos faz com que aqueles crimes com um potencial ofensivo muito maior passem a merecer o mesmo tratamento. Crimes estes considerados hediondos segundo a  LEI Nº 8.072, DE 25 DE JULHO DE 1990 .   O que de fato contradiz a maior parte das Constituições de outros países. Além disso a pena máxima para qualquer crime cometido por um menor é de apenas 3 anos. Ou seja, furtos são tratados com quase o mesmo rigor do que um homicídio. Isso sim é desumano! Na contramão, existem argumentos mostrando q

Política Brasileira [x2]

Me vejo injustiçado, ganhei legitimamente e querem virar a mesa. O povo é ignorante, me favoreceu e agora quer me tirar, comprados e manipulados pelos golpistas. Sou um injustiçado, e a história ainda há de me dar razão. Não irei aceitar o que acontece. Não! Ficar calado jamais, aceitar nunca, irei reverter esse quadro, e se o processo democrático foi justo, foda-se quem achar que não. Procurarem outro país. A verdade irá florescer, e acima de tudo, me favorecer. Sou o conhecedor dos anseios do povo, conheço-o, sou parte dele. Querem me tirar, por quê? Ora, injustiça, e logo você democracia, fez isso comigo? Eu que antes te defendia, era seu salvador, iria colocar-te no maior dos pedestais, e iria te honrar, agora não o faço mais. Não o faço pois cansei de você, não me serve, e se não me serve, não deve ser bom, e portanto, não quero isso para o meu país. Para o meu país quero o melhor, e o melhor sou eu. Não concordam? Eu sei que concordam, vocês, uma minoria esclarecida sabe o

As Perdas são Imperdoáveis

É sabido que o sentimento promovido pela perda de algo genérico, por exemplo X, supera em muito o sentimento gerado pelo ganho desse mesmo X. Logo, existe todo um arcabouço jurídico que protege os indivíduos de enfrentarem este sentimento de forma constante. Um exemplo é a proibição da redução salarial. Ninguém pode ter um salário aumentado em um mês determinado, e após reduzido. Exatamente para evitar este sentimento de perda. Um governo que se preze, deve zelar pelo bem estar de sua população e jamais fazer qualquer política pública que se pareça com o que é proibido no mercado privado. Ou seja, políticas que promovam um aumento do bem estar, e logo em seguida promover exatamente ao contrário, incutindo perdas na população. Além de ser algo extremamente maléfico, este sentimento suscita mágoa e descrença. As políticas públicas devem ser pautadas exatamente para evitar este sentimento. Logo, as medidas tomadas durante a campanha de 2014, como represar a subida de preços dos

Explicando a origem do ajuste fiscal para a estabilização econômica

Imagine você um trabalhador mal remunerado porém ambicioso. Acostumado a sempre estar endividado e a olhar com certa inveja para seus vizinhos e parentes mais bem afortunados. Sempre se sentindo injustiçado.  Pois bem, agora você passa a ser o síndico do seu prédio. Quer revolucionar tudo, e impor suas ideias, mostrando o quão subavaliado você foi historicamente. Porém, o caixa do seu condomínio não está tão bom assim. Mas olhando nos achados e perdidos, você encontra uma impressora que imprime dinheiro. O que você faria? Pois bem, foi exatamente o que aconteceu no Brasil desde o início da república. Porém, a estabilidade da moeda, arduamente conseguida durante o Plano Real foi abandonada, frente a um projeto de poder que visa garantir cada vez mais sua ideologia e acima de tudo, a qualquer preço e a qualquer ética. O Governo do PT abriu as torneiras de discricionariedade justamente no período da crise em 2008. Ou seja, pode sim se culpar a crise pela atual conjuntura do

A Crise é de Confiança!

Atrelar à fatores externos os problemas do país é de uma covardia intelectual sem tamanho, sem contar uma falta enorme de auto-crítica. A crise internacional ficou atrelada principalmente ao mercado americano e depois, à economia do euro mergulhou em uma crise, sendo esta bem parecida com a nossa. Em suma, os PIGS gastaram muito e se endividaram, mas sem o subterfúgio da política monetária, não conseguiram postergar tanto quanto o Brasil os ajustes necessários para controlar a situação fiscal. O ministro da fazenda na época, Guido Mântega, abriu o leque da discricionariedade econômica, e como um mágico que tira coelhos da cartola, resolveu ad hoc, definir quais seriam os setores que iriam alavancar a nossa economia. Soma-se essa discricionariedade, com gastos improdutivos (leia-se obras da copa e etc), falta de fiscalização e uma corrupção endêmica do Estado brasileiro, chegamos a nossa crise que nos assombra desde 2011, quando não crescemos sequer 1% ao ano. A culpa é

Mensagem de um economista para o dia das mulheres

Começo este texto falando que um grupo ao qual 50% das pessoas do planeta pertence não pode ser nunca um grupo uníssono. Não acredito que alguém consiga representar as ideias, anseios e vontades de um grupo tão vasto e rico em diversidade. Por isso mesmo é impossível redigir um texto que se destine a todas as mulheres, e que, portanto, consiga trazer alegria a todas elas. Peço, contudo, um momento de reflexão nesse dia sobre a indústria da universalização, que pretende trazer, cada vez mais, cartilhas que definam os interesses de todas as mulheres, como se todas elas pretendessem exatamente as mesmas coisas. Gostaria, sim, que cada uma fosse respeitada na sua individualidade e que pudesse buscar seu espaço sem rótulos ou preconceitos. Fugindo de padrões de beleza ou necessidades de auto-afirmação, e de masculinização do seu comportamento. Acredito na diferença dos gêneros, não por uma questão de preconceito, mas a biologia e a história fez cada um diferente do outro e isso inclu

Aos "Viajeiros"

A estabilidade econômica é fundamental para que possamos incentivar o investimento. Mesmo o lazer pode ser um investimento. Investimento em capital humano, uma vez que é sabido que viagens elevam o conhecimento cultural, incentivam as habilidades não cognitivas e nossa inteligência emocional. Contudo, o Brasil enfrente uma grave crise de desconfiança, alguns acham que é promovida pela mídia golpista e outros acham que existem incentivos escusos por trás. Eu penso que o único incentivo por trás dessa desconfiança foi exatamente a falta de credibilidade nas promessas que o Governo Dilma proferiu. Se não acreditam, vejam o vídeo abaixo e tirem suas conclusões. Sendo assim, mesmo com a trajetória de subida dos juros, dado a inflação também crescente, existe uma possibilidade eminente de depreciação do dólar ainda maior. Coloque na conta as possíveis crises políticas promovidas pelos escândalos de corrupção e as incertezas gerenciais nas outras estatais, como BNDES, BB e etc. Log

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