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Mensagem de um economista para o dia das mulheres

Começo este texto falando que um grupo ao qual 50% das pessoas do planeta pertence não pode ser nunca um grupo uníssono. Não acredito que alguém consiga representar as ideias, anseios e vontades de um grupo tão vasto e rico em diversidade. Por isso mesmo é impossível redigir um texto que se destine a todas as mulheres, e que, portanto, consiga trazer alegria a todas elas.

Peço, contudo, um momento de reflexão nesse dia sobre a indústria da universalização, que pretende trazer, cada vez mais, cartilhas que definam os interesses de todas as mulheres, como se todas elas pretendessem exatamente as mesmas coisas.

Gostaria, sim, que cada uma fosse respeitada na sua individualidade e que pudesse buscar seu espaço sem rótulos ou preconceitos. Fugindo de padrões de beleza ou necessidades de auto-afirmação, e de masculinização do seu comportamento.

Acredito na diferença dos gêneros, não por uma questão de preconceito, mas a biologia e a história fez cada um diferente do outro e isso inclui mulheres e homens. Ambos são diferentes, e que bom que é assim. Além disso, as mulheres conseguem ser um grupo muito mais rico que o dos homens exatamente por terem uma diversidade muito maior, e de forma alguma, precisam imitar o comportamento masculino para serem melhores em qualquer coisa.

O feminismo é uma arma perigosa, no que tange, a diversidade de pensamentos, pois torna todas as mulheres iguais, e isso por si só, já é prejudicial. E sua bandeira principal, onde mulheres são tratadas com menos prestígio no mercado de trabalho, pois percebem remunerações menores que suas contrapartidas masculinas é de fato uma verdade, na média. Contudo, existem áreas onde as mulheres são muito mais valorizadas e recebem salários maiores do que eles.

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