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A conta chegou

A propaganda é a alma do negócio. Como tudo na vida, na medida que se consegue a auferir ganhos pela ação individual, qualquer ação passa a se tornar um negócio. Ou seja, se posso auferir ganhos fazendo algo, por que então, o faria de graça?

Um padeiro sabe que se produzir pães irá auferir ganhos. Logo, ele tem incentivos a fazer o seu melhor. Contudo, ele pode, mesmo reduzindo seu esforço, melhorar seus ganhos (de curto prazo). Como? Criando uma propaganda. Sendo assim, dependendo da qualidade de sua propaganda, os clientes poderão entender que os seus pães estão melhores, mesmo não sendo verdade. Logo, ele venderia muitos pães no curto prazo, mas com o tempo perderia sua clientela.

Pense agora que o padeiro poderia fazer um contrato com os clientes, tornando-os dependentes dos seus pães por digamos quatro anos. Contudo, seus clientes poderão escolher se compram nele ou em outro concorrente. O melhor a ser feito, caso o padeiro não tenha uma visão de perpetuidade do seu negócio, ou mesmo, pense que seus clientes sofram de racionalidade limitada, é fazer os melhores pães possíveis, com o máximo de propaganda até que os clientes decidam ficar com ele pelos próximos quatro anos. Aí sim, ele pode até esquecer a propaganda, e se preocupar muito menos com a qualidade dos pães que produz.

Contudo, a conta dos clientes irá chegar sempre pontualmente. E mais, imagine que o padeiro além de ter efetuado um contrato de exclusividade com seus clientes, não precise manter o preço constante ao longo dos quatro anos. Seria muita ingenuidade de qualquer cliente assinar um contrato assim. Mas mesmo assim, dependendo da propaganda, e da falta de racionalidade, ou mesmo excesso de ingenuidade, os clientes poderão assinar o contrato.

Bom, a padaria se chama Governo, e os clientes somos nós brasileiros!

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