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É preciso consertar o furo antes de encher...

Suponha que na sua piscina exista um furo. Contudo, você a utiliza constantemente. Enquanto a água estava barata, parecia uma boa ideia utilizar a piscina sem consertar o furo, uma vez que enquanto a vazão que enche for maior que a vazão do furo, a piscina não se esvaziaria.


Acontece, que a pressão que essa água exerce sobre o furo é diretamente proporcional à altura da piscina, e com isso, quanto mais cheia, mais pressão e cada vez mais o furo aumenta, elevando a vazão do furo. Consequência, cada vez mais água será necessária para manter essa piscina equilibrada.


De acordo com as recentes operações da polícia federal, sendo a Lava Jato como a mais simbólica de todas,  esse furo na piscina chamada orçamento público. Cresce constantemente e mais, não é apenas um, mas sim um emaranhado, que forma uma verdadeira peneira no assoalho do já tão desgastado bolso do contribuinte, por onde passam bilhões em desvios seja nas mais variadas esferas da administração pública.


A ideia de se fazer um ajuste fiscal me parece extremamente benéfica. Diminui-se com isso a pressão, ou melhor, as possibilidades de mais desvios de verbas e propinas. Além do mais, nessa piscina ninguém conhece o fundo, não se sabe que tipo de sujeiras se encontram presas nesses buracos por onde escaparam sangue, suor e lágrimas dos cidadãos brasileiros, que em um país ainda em desenvolvimento, sustenta uma classe de privilegiados, que além de não produzir, suga o excedente da sociedade.



É preciso investigar a fundo esses desvios, consertá-los e fortalecer instituições de controle, para que possamos confiar novamente na premissa da eficiência do gasto público. O que o brasileiro quer é que cada 1 real suado que entra nos cofres públicos tenha uma designação digna do suor de quem o produziu.

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