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Ideias e estratégias para reajustar o salário dos servidores

Bom, primeiramente devemos entender o contexto atual das finanças públicas no país e no estado do Rio de Janeiro. Enfrentamos um grave déficit fiscal, que pressiona a inflação - via emissão monetária e tarifaço -, elevando com isso o custo de vida de todos. Os servidores, no entanto, a despeito do aumento do custo de vida, estão (muitos) com salários congelados há bastante tempo. Somasse a esse quadro o calote que o governo do Estado deu aos servidores, ao não pagar integralmente o 13º salário, e a mudança no calendário dos pagamentos. Essa medida, sem sombra de dúvidas, se fosse implementada por qualquer empresa privada, a levaria a falência, devido às multas trabalhistas que incidiriam. Mas como o Estado não fale, ele leva a falência seus servidores e seus contribuintes. Após essa contextualização, é fácil entender o descontentamento crescente da classe dos servidores públicos, principalmente os estaduais, sobre a atual gestão do atual governador Luiz Fernando Pezão. E a princi

Precificação Positiva

Desde 2009 o mercado precifica negativamente as ações políticas adotadas pela equipe econômica do executivo. Há mais de 5 anos a Bovespa não consegue recuperar seu recorde histórico. Tem-se com isso, um prejuízo significativo para os investidores e também empresários, que, ao não conseguir dar liquidez, e com isso, sem fomentar novos investimentos, terão sempre menos a esperar do futuro. Não é a toa que o nível do investimento no país só diminui, a conta do investimento é simples,           k´=a(f(k)) - (b+c)k, ou seja, tudo que esperamos crescer à frente depende única e exclusivamente do investimento. Além disso, caso o investimento não ultrapasse a depreciação e o crescimento populacional, sem sombra de dúvidas haverá uma recessão, com diminuição do PIB/per capita. Não era, então, nenhuma ameaça vazia os anúncios de que mantidas constantes as políticas anticíclicas e discricionárias de 2009, haveria uma grave crise futura, em um cenário de extremo otimismo, e condiçõe

O Estado é uma mesa cheia

Imagine uma mesa de restaurante com pelo menos 30 pessoas, você conhece 10, você observa que todos estão pedindo de forma desoneradamente, e será impossível cada um lembrar o que pediu e, no final, todos terão que dividir a conta irmãmente. O que você fará? Levanta da mesa, ou continua na brincadeira, e resolve pedir tudo o que você sempre quis comer, e foda-se a conta? Bom é assim que funciona o Estado. Além disso, os integrantes da mesa, resolvem pagar a conta das mesas vizinhas, mas não pagando a conta sozinhos, trazem a conta das mesas vizinhas para a mesa, para ser dividido por todos. Ou seja, fazem caridade com o chapéu alheio. Não querem pagar sozinhos - mas advogam que seria justo - e fazem com que todos paguem uma comida que o vizinho não poderia pagar.  Mas por que eles não simplesmente não pagam a conta da mesa do vizinho desfavorecido? Ora, porque ele pode obrigá-lo a dividir, e sabe que, ele, pouco contribuirá para essa conta no total. Porém, ficará com toda a gl

Os que dividem a conta

Gostaria agora de tentar explicar o funcionamento do governo da forma mais didática e intuitiva possível, de forma a permitir sempre que possível, expressar minha posição política, e que, após a leitura do texto, todos possam entender pelo menos qual é o meu pensamento sobre as políticas públicas que são implementadas. Uma das atividades sociais que ainda existem - e que podem acabar em breve -  no mundo real é o encontro com amigos em restaurantes e barzinhos. Quando saímos com amigos, a conversa e o contato pessoal geralmente são a motivação principal para estarmos lá, porém, uma boa comida e bebida como planos de fundo, geralmente tornam a experiência ainda mais prazerosa. Contudo, conforme a qualidade desse plano de fundo aumenta (comida e bebida) eleva-se junto o valor final da empreitada social, que ao final de tudo, deverá ser dividida entre os amigos. Obviamente há aqueles que saem antes de todos irem embora, e geralmente deixam valores correspondentes (depende de quem é s

A cirurgia de amídala e as medidas econômicas

Quando eu era criança, sofria muito com inflamações na garganta. Os médicos dizem que se um indivíduo possuir mais de 3 crises por ano, é recomendável a cirurgia. Contudo, como uma cirurgia é um processo complicado, e incluí um risco de morte (mesmo que pequeno), a despeito das suas benesses futuras, sempre se optam por medidas paliativas. No meu caso, vivi mais de 23 anos da minha existência consumindo antibióticos, para combater as minhas eternas crises de garganta, que me deixavam acamado, e me fizeram perder inúmeros compromissos, provas, festas, jantares e etc. Perdi muito por causa dessa doença. Mas perdi porque meus pais, e eu também, não tivemos a coragem de enfrentar o problema como se deve. O mesmo fenômeno acontece hoje em termos de políticas públicas para combater nossa grave crise econômica. As medidas corretas, que seriam, privatizações, reduções de custo, simplificação tributária - inserindo um imposto único sobre valor agregado, fim das desonerações verticais,

A regra do 69

Uma pergunta simples ronda os mais curiosos sobre investimentos: quanto tempo demorará para que eu dobre meu capital investido. Ou seja, se eu coloco 100 reais hoje, ou um múltiplo, quanto tempo terei que esperar para meu capital dobrar? Alguns textos mostram de forma rápida a chamada regra do 72, que significa simplesmente que o tempo será T=72/taxa, ou seja, suponha que a sua taxa de juros real hoje seja de 14.15% ao ano (selic), por essa regra, o tempo que você irá demorar para dobrar seu capital é de 72/14.15, que é igual a 4,96 anos. Mas como chega-se a esse resultado? A conta é simples, e está indicada abaixo. Porém a regra não é do 72, é do 69... Portanto, tem-se uma regra bastante prática para calcular um valor bastante intuitivo. O quanto eu preciso esperar para que meu capital dobre, a uma dada taxa de juros. Felizmente, no Brasil vivemos um regime de taxa de juros elevada, porém, geralmente a conta é contrária: "quanto tempo devo esperar para que a

O Super Concurso...

O sonho do brasileiro mediano é passar em um concurso público. O sonho das mulheres medianas é, além de passar também, casar com um concursado. Os filhos se pudessem escolher, optariam por nascerem no berço dos servidores públicos. Quem não quer algo chamado: estabilidade. Nem todos! Imagina ser estável porém com baixa remuneração? É o caso dos médicos, que podem dizer que sua remuneração é baixa, pois o mercado (que paga em média igual a produtividade marginal) paga melhor que a média dos empregos públicos para a área. Logo, os médicos não tem interesse nos concursos. O que mostra que os piores médicos é que estão indo em direção ao serviço público, e, mesmos estes, provavelmente apresentarão um baixo comprometimento com o cargo ocupado, dado o baixo custo de perder este emprego. O concurso atual, no entanto, revela uma característica diametralmente oposta. O senado federal está abrindo vagas para técnicos administrativos, cujo requisito para investidura no cargo é possuir o seg

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