Imagine uma mesa de restaurante com pelo menos 30 pessoas, você conhece 10, você observa que todos estão pedindo de forma desoneradamente, e será impossível cada um lembrar o que pediu e, no final, todos terão que dividir a conta irmãmente. O que você fará? Levanta da mesa, ou continua na brincadeira, e resolve pedir tudo o que você sempre quis comer, e foda-se a conta?
Bom é assim que funciona o Estado. Além disso, os integrantes da mesa, resolvem pagar a conta das mesas vizinhas, mas não pagando a conta sozinhos, trazem a conta das mesas vizinhas para a mesa, para ser dividido por todos. Ou seja, fazem caridade com o chapéu alheio. Não querem pagar sozinhos - mas advogam que seria justo - e fazem com que todos paguem uma comida que o vizinho não poderia pagar.
Mas por que eles não simplesmente não pagam a conta da mesa do vizinho desfavorecido? Ora, porque ele pode obrigá-lo a dividir, e sabe que, ele, pouco contribuirá para essa conta no total. Porém, ficará com toda a glória da ajuda sozinho. Afinal o prestígio só tem graça se recebemos sozinho. Já a conta, essa só tem graça dividirmos.
Mas tem hora que o dinheiro não dá para que todos paguem de maneira igual. Aí surge um outro problema, quem deverá pagar amais? Quem consome mais, ou quem tem mais dinheiro? Temos aí a filosofia de dois princípios do direito tributário, a proporcionalidade e do benefício. Nessa mesa chamada Brasil, geralmente, paga mais impostos quem necessita mais (os mais pobres), porém esses são os que comem menos. Traduzindo, pagam mais, tem mais fome, mas sempre comem os pratos mais baratos. O mais caros, ficam na mão daqueles que são os mais simpáticos, fazem amizades com todos, comem muito, e sempre deixam pouco dinheiro na mesa.
Conclusão: sempre pague o que você consuma, e se quer ajudar alguém na mesa vizinha, ajude, não espere que outros o façam por você!
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