Quando eu era criança, sofria muito com inflamações na garganta. Os médicos dizem que se um indivíduo possuir mais de 3 crises por ano, é recomendável a cirurgia. Contudo, como uma cirurgia é um processo complicado, e incluí um risco de morte (mesmo que pequeno), a despeito das suas benesses futuras, sempre se optam por medidas paliativas.
No meu caso, vivi mais de 23 anos da minha existência consumindo antibióticos, para combater as minhas eternas crises de garganta, que me deixavam acamado, e me fizeram perder inúmeros compromissos, provas, festas, jantares e etc. Perdi muito por causa dessa doença. Mas perdi porque meus pais, e eu também, não tivemos a coragem de enfrentar o problema como se deve.
O mesmo fenômeno acontece hoje em termos de políticas públicas para combater nossa grave crise econômica. As medidas corretas, que seriam, privatizações, reduções de custo, simplificação tributária - inserindo um imposto único sobre valor agregado, fim das desonerações verticais, abertura comercial, reforma previdenciária, correção da tabela do Imposto de Renda e etc, geram custos, que com uma probabilidade muito pequena, podem levar ao Governo atual, perder sua base de sustentação e ruir rapidamente.
Contudo, seria o certo a ser feito. Uma cirurgia simples e rápida, que levaria o país a se destravar desse acamamento que afeta todas as instâncias políticas, civis e privadas do Brasil. Porém, para se fazer qualquer cirurgia, necessitamos confiar primeiramente no médico cirurgião, e principalmente, que ele tenha a experiência e conhecimentos necessários para tal. No caso atual, a analogia é simples, temos um presidente homeopata, que necessita fazer uma cirurgia.
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