Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de dezembro, 2015

Tem algo de errado: parabéns aos envolvidos

Com custos por aluno acima da média das universidades particulares, as universidades públicas no Brasil não apresentam um desempenho acima da média. Obviamente, a finalidade das universidades federais antes de serem fábricas de diplomas é serem o bastião da pesquisa e desenvolvimento tecnológico do país. Porém, faz tempo que a gestão tem empurrado professores pesquisadores a assumirem atividades administrativas, mesmo sem a menor expertise para tal. A última medida do Governo Federal foi empurrar mais 100 mil alunos nas já sucateadas e, principalmente, mal administradas Universidades Federais. Tem-se, então, um quadro cada vez pior em se tratando do retorno por real gasto nas universidades. Soma-se a isso um perfil socieconômico mais carente, e um nível de conhecimento mais parco, na média dos alunos. Chega-se a um quadro em que a efetividade do ensino superior se perde, e, então, os custos sociais passam a superar os benefícios. Conclusão, está melhor hoje, fechar as universidade

Dilema dos Prisioneiros e a Delação Premiada

Nada tem tomado mais assunto na mídia esse ano do que o processo de delação premiada dos presos pela operação Lava-Jato. Começaram com alguns poucos presos, que no desenrolar do mesmo processo, começaram a arrastar membros do alto escalão da Petrobrás, do cenário político nacional e membros notórios do empresariado brasileiro. Escancarando uma verdade nua e crua, que no Brasil, o capitalismo de estado, que mistura a coisa pública, com o interesse privado dos comandantes, gestores de um lado, e empresários do outro, só gera uma simbiose perigosa e corrupta. Alguns juristas e partidários políticos começaram um movimento de tratar os materiais coletados via delação premiada como se fossem oriundos de um processo escuso e muitas das vezes, sem o mesmo valor de outros indícios, estes coletados pelos moldes canônicos. Logo, essa tese iria por abaixo toda a operação Lava-Jato, pois grande parte das prisões, e mesmo, devoluções de dinheiro desviado do erário público, tudo isso foram frut

Ceteris Paribus: Inflação irá arrefecer em 2016

A economia está paralisada. O lado da oferta de moeda seria o único componente potencializador da inflação, fora a indexação. A oferta de moeda cresceu menos de 5% esse ano. Como os preços indexados não somam 100%, e a demanda encolheu junto com o crédito - este foi dizimado, não haverá mais pressões futuras na inflação em 2016. Prevejo, então, um retorno ao intervalo superior da meta - 6,5% ou menos. A minha previsão deveria ser comemorada, se, o principal fator desse controle inflacionário não fosse a queda abrupta e assustadora do nível de atividade econômica. Além disso, caso a produção não se recupere, poderemos observar uma alta dos preços no futuro, devido a escassez de produtos - algo pouco provável, mas possível. Além disso, quando falamos de inflação, temos que pensar também nas formas de garantir um rendimento futuro sobre os recursos poupados. Os títulos públicos são ainda a melhor alternativa para tal. A recomendação, então, nesse cenário, seria apostar nos tít

O silêncio que precede...

O momento agora é de se calar, e aguardar pelo menos os próximos desdobramentos do processo de impeachment. Acredito que, com a euforia dos investidores, e da sinalização de que, para a economia voltar a investir, revertendo esse quadro perverso de baixa produção, consumo e elevada inflação, os desejos convergirão no sentido de entender que essa saída seja a mais viável para recolocar a economia brasileira nos rumos, senão certos, pelo menos, menos caóticos e mais previsíveis. A falta de previsibilidade do atual governo é um dos fatores principais para sua rejeição e falha na conduta econômica. É sabido que grande parte das medidas de ajuste fiscal não passam, simplesmente porque, grande parte da base do governo foi eleita repudiando as mesmas medidas, que agora necessitam defender. Seja, então, por uma coerência ideológica, ou mesmo por falta de bom senso, ainda acreditam no fundo que essas medidas não são o melhor caminho a ser adotado no país. Querem a manutenção do modelo des

Problemas do cotidiano:universidades públicas

A despeito do fato de que os estudantes das instituições públicas recebem, talvez, o único retorno realmente tangível dos impostos, sua mentalidade ainda é pouco avançada no sentido de realmente quantificar e valorizar o retorno dos impostos pagos, na sua trajetória de vida. A universidade pública há bem pouco tempo era reduto de uma minoria abastada que, através dos recursos extraídos de um sistema tributário regressivo e ineficiente, conseguia fornecer uma educação de excelência, porém para poucos. Atualmente, tal sistema mudou. A universidade pública democratizou, através das novas políticas de seleção, seu acesso. O que permitiu que parcelas da população com baixo nível socioeconômico, adentrassem ao ensino. Contudo, adentrar é um passo, permanecer e concluir os estudos é outro passo totalmente diferente, mas uma decorrência do primeiro. Conforme o número de alunos matriculados foi aumentando, percebeu-se que o custo por aluno matriculado, ao invés de diminuir, foi au

O Pib cai, a inflação sobe: como explicar?

Não faz sentido aparente, a demanda agregada caindo os preços se acelerarem. A despeito do componente da oferta. Existe ainda muito estoque a ser queimado. Fora isso, o crédito no Brasil caiu drasticamente no período movido pelo aumento do juros e da inadimplência e endividamento das famílias. Porém, um dos componentes mais importantes, e muito esquecido, na hora de se conversar sobre inflação, são os meios de pagamento, que através de sua oferta e demanda, fazem com que o nível de preços suba ou desça, justamente porque, a moeda se valoriza ou desvaloriza. No caso de uma inflação acelerada, ocorre uma desvalorização da moeda. Posto isto, concluo a análise, observando um gráfico entre Papel Moeda em Circulação e Inflação, no ano de 2015. Observa-se uma relação linear frágil entre esses componentes. Além disso, uma correlação positiva, porém próxima de zero. Indicando que talvez não haja um poder explicativo empírico entre a oferta de papel moeda e a inflação durante o períod

Marcadores