A economia está paralisada. O lado da oferta de moeda seria o único componente potencializador da inflação, fora a indexação. A oferta de moeda cresceu menos de 5% esse ano. Como os preços indexados não somam 100%, e a demanda encolheu junto com o crédito - este foi dizimado, não haverá mais pressões futuras na inflação em 2016. Prevejo, então, um retorno ao intervalo superior da meta - 6,5% ou menos.
A minha previsão deveria ser comemorada, se, o principal fator desse controle inflacionário não fosse a queda abrupta e assustadora do nível de atividade econômica. Além disso, caso a produção não se recupere, poderemos observar uma alta dos preços no futuro, devido a escassez de produtos - algo pouco provável, mas possível.
Além disso, quando falamos de inflação, temos que pensar também nas formas de garantir um rendimento futuro sobre os recursos poupados. Os títulos públicos são ainda a melhor alternativa para tal. A recomendação, então, nesse cenário, seria apostar nos títulos pré-fixados.
Por fim, quero deixar claro que, meu cenário e minha previsão, não leva em conta possíveis riscos e volatilidades oriundos do aumento dos juros do FED. A despeito de que já foram antecipados pelo mercado essa condição. Ainda podem haver consequências perniciosas para a economia brasileira com uma redução da liquidez internacional.
Ps. Com a inflação arrefecendo, também haverá menos pressão no câmbio, o que promoverá um ajuste na cotação do dólar, beirando em um limite superior 3,50 reais por dólar.
Comentários
Postar um comentário