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Mostrando postagens de novembro, 2016

Na calada da noite

Melhor filme de pela academia em 1968, In the heat of the night, demonstra a investigação de um assassinato cometido em uma cidade do sul dos Estados Unidos, em um período marcado pela segregação racial, onde um detetive negro da cidade grande, precisa ajudar um policial local a resolver o crime, e também, salvar sua própria pele. O jogo de poder cometido ontem por uma das casas do legislativo brasileiro foi um feito digno de filme. As 10 medidas contra a corrupção que foram um clamor popular, que recebeu forte apoio por membros do MP, pois tornava efetiva sua atuação e garantia exatamente que quem cometeu crimes de corrupção na esfera pública fosse punido, se tornou em um instrumento de cerceamento da atividade investigativa. As medidas originais http://www.dezmedidas.mpf.mp.br/apresentacao/conheca-as-medidas, continham apenas uma medida que determinava que deveria haver celeridade no processo e eficiência no seu trato por membros do judiciário. Agora, as medidas aprovadas, h

Dólar e Políticas Públicas

Friedman diz, em seu livro, que o câmbio livre nos ajuda a termos uma intuição do mercado sobre as políticas públicas. Uma vez que o câmbio se aprecia quando uma política tende a ser benéfica para a economia do país, e o mesmo mecanismo ocorre na direção contrária. As razões para isso são relativamente simples. Se uma economia cresce, ela produz mais, gerando interesse em maiores investimentos no país. Isso atrai capital produtivo no longo prazo. Ou seja, políticas públicas que visem o crescimento de longo prazo irão apreciar a moeda local hoje, pelo movimento racional das expectativas dos agentes econômicos. Do contrário, se houver uma política de crescimento de curto prazo: a renda cresce no curto prazo, o que eleva as importações o que reduz a oferta de moeda estrangeira, depreciando a moeda local. Portanto, esse movimento das expectativas dos agentes é todo capturado no movimento da moeda local vs. moeda do resto do mundo. A flutuação da nossa moeda se dá de maneira

Sociologia do Crime

Verificando os atuais e constantes escândalos de corrupção envolvendo o alto escalão dos poderes do executivo, legislativo e judiciário, em que alguns poucos são presos, muitos fazem acordos e raros são aposentados compulsoriamente, entendo e muito a indignação de uma parte da sociedade com o tratamento jurídico/criminal dispensando aos ditos "ladrões de galinha" do Brasil. Tais indivíduos cometem crimes de menor potencial ofensivo, mas sua pobreza ofende o ordenamento jurídico brasileiro, onde um simples defensor público percebe uma remuneração que o alça ao patamar dos 1% mais ricos do país. Ou seja, como um indivíduo rico e com alto status social, consegue se identificar e defender de maneira convicta um pobre. E mais, com um custo tão alto, como é que a sociedade garante um direito humano básico que é o direito a defesa? Questões que passaram pelos constituintes, mas que foi pessimamente trabalhada ao longo dos anos. E o resultado é que as cadeias estão ch

Teoria do Jogo dos Corruptos

Uma situação de conluio em economia, significa apenas cooperação total entre agentes econômicos que deveriam competir dentro de um mercado. Um modelo ilustrativo dessa situação é o modelo de oligopólio de Cournot, que define uma competição via escolha da quantidade, de forma a maximizar o lucro. Com firmas idênticas, o resultado do modelo de Cournot, é que ambas dividem o mercado (caso tenham exatamente a mesma tecnologia de produção), mas essa divisão é diferente do monopolista (uma única firma). Sendo a primeira (oligopólio) melhor para os consumidores, que terão uma oferta maior e um preço menor. Caso os agentes econômicos cooperassem, a solução de cartel seria igual a solução de monopólio. Porém, ela não é sustentável, pois se baseia na premissa de que o agente irá manter seu acordo (tácito) de produzir apenas a quantidade de monopólio. Acontece que, se um dos agentes acredita que o outro irá manter sua palavra, ele tem incentivo em desviar e produzir acima, de forma a extrair

O bebê de Rosemery: A república

É claro que a República Federativa do Brasil, pouco ou nada tem a ver com a sua república espelho, República Federativa dos Estados Unidos da América. Primeiro que lá nunca houve uma monarquia, e a noção de estado das 13 Colônias americanas era bem diferente do que se promovia no Reino Unido de Portugal e Algarves. Enquanto a independência americana ocorria em 1789, nossa "independência" ocorreu apenas em 1822. Além disso, o nascimento do Brasil ocorre em 1808, ano da mudança da família imperial para o país, formando o então Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, nascimento esse que tem um pai, Dom João VI e um padrasto chamado Napoleão Bonaparte. Sem as guerras Napoleônecas o Brasil não teria deixado de ser uma colônia do império português, e talvez a história tupiniquim fosse bem diferente. De qualquer forma, devemos a união do nosso território a este episódio.  O aparato militar e burocrático que foi enviado ao Brasil em 1808, garantiu a unicidade e o aumento terri

O Estado e sua logica invertida

No ordenamento republicano, assinado e referendado pela CF, temos algumas funções pré-estabelecidas.  Ao judiciário compete zelar pela constituição, ao legislativo cabe aprovar novas leis e fiscalizar os atos do executivo, ao executivo cabe a função de administrar a coisa pública. Portanto, são funções do executivo tanto a parte fiscal, como arrecadação de impostos quanto a a função de repartir entre os poderes essa arrecadação. Ainda não entendo muito bem como a polícia serve ao executivo, mas presta serviços característicos do judiciário, como o poder de prender e investigar. Não faz muito sentido para mim. Obviamente a construção histórica e o processo de formação da polícia militar no Brasil remete à guarda do imperador, e este, era o único chefe dos três poderes. Depois de instaurada a república, os chefes do executivo escolherem e mandarem na polícia, não faz muito sentido. Como também não faz os chefes do Judiciário não serem escolhidos de maneira direta, através do voto p

Criando Pobreza

A pobreza é uma criação do capitalismo. Talvez essa frase seja uma verdade, mas só se pobreza puder ser definida como algo concreto. Obviamente conhecemos o que é e como defini-la. Porém, a pobreza sozinha não consegue ser definida em si. Uma situação de pobreza, ao meu ver, é definida de melhor maneira, como a ausência de riqueza. Logo, o processo de criação da pobreza, passa intrinsecamente pela criação da riqueza. Logo, não se gera mais pobres mas sim, menos ricos. Quando você é não possui nenhuma capacidade de negociar, através de um sistema de trocas voluntárias, sequer tem o acesso ao dinheiro, ou meios de produção relativamente elaborados (que necessitariam de mais pessoas para serem feitos) você se encontra na posição que nossos ancestrais se encontravam. A sua riqueza era definida apenas pelo que poderiam produzir ou coletar. Por ser uma sociedade tribal extremamente pequena, em comparação aos padrões atuais, se nos olhássemos enquanto espécie no passado, veríamos que era

Dólar Futuro e Mercados Emergentes

Prezados, em detrimento a pressão inflacionária na economia americana, o FED irá (na próxima reunião) subir os juros. Isso irá impactar os mercados emergentes, gerando apreciação do dólar, e um aumento ainda maior do Euro, caso a política do candidato Trump venha ser implementada pelo presidente Trump, de maior protecionismo e intervencionismo econômico. O Brasil segue uma grande incerteza sobre a aprovação da PEC, não digo pelo Executivo nem pelo Legislativo. Mas o Judiciário pode querer embarrerar a PEC na medida que ele e seus supersalários serão atingidos. A sociedade está dividida, e essa tem que ser o fiel da balança com a finalidade de reduzir a trajetória explosiva do gasto público, e com isso, colocar na agenda prioritária, reformas importantes, para que o Governo consiga efetivar suas funções de maneira eficaz. A primeira, e primordial das reformas é a da previdência. O Estado do RJ demonstra por A + B o que acontece quando se pode aposentar sem uma idade mínima, e serv

O que a eleição americana tem a ver comigo?

A despeito da total falta de criatividade do jornalismo brasileiro, que copia as pautas internacionais, como forma de tentar abalizar um padrão de qualidade importado, mas que não atende aos interesses dos consumidores de notícias nacionais, haja vista o quanto se empurra goela abaixo notícias da família real britânica. Dito isto, gostaria de dar algumas oportunidades de interesse local que podem aparecer em detrimento de quem vencer: Trump ou Hilary. Primeiro, não importa quem vence, os EUA se tornará uma economia mais fechada. Contudo, Hillary possui uma característica de ser mais de centro do que Trump, portanto, sujeita a pressão por parte do senado para uma política de comércio externo menos ideológica e mais pragmática. Portanto, Trump vencendo, os países que possuem os EUA como grande parceiro comercial, sairão perdendo, e com isso, suas moedas. Logo, Trump vencendo o investidor brasileiro deveria apostar no Euro, moeda também bastante "estressada" com as revirav

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