Uma situação de conluio em economia, significa apenas cooperação total entre agentes econômicos que deveriam competir dentro de um mercado. Um modelo ilustrativo dessa situação é o modelo de oligopólio de Cournot, que define uma competição via escolha da quantidade, de forma a maximizar o lucro.
Com firmas idênticas, o resultado do modelo de Cournot, é que ambas dividem o mercado (caso tenham exatamente a mesma tecnologia de produção), mas essa divisão é diferente do monopolista (uma única firma). Sendo a primeira (oligopólio) melhor para os consumidores, que terão uma oferta maior e um preço menor.
Caso os agentes econômicos cooperassem, a solução de cartel seria igual a solução de monopólio. Porém, ela não é sustentável, pois se baseia na premissa de que o agente irá manter seu acordo (tácito) de produzir apenas a quantidade de monopólio. Acontece que, se um dos agentes acredita que o outro irá manter sua palavra, ele tem incentivo em desviar e produzir acima, de forma a extrair mais excedente do mercado, aumentando seu lucro.
O desvio de uma solução de cartel nos modelos estáticos em microeconomia não garante um alívio para quem acredita apenas no livre mercado. Pois, como o mundo real é dinâmico, a solução de cartel em jogos repetidos é sim sustentável através de uma estratégia chamada (ilustrativamente) de Gatilho. Quando um dos agentes desviar do acordo, ele será retalhado para sempre, o que faz com o que o VPL da estratégia de cartel seja maior do que a competição pura.
Pois bem, durante muitos anos a política e a economia no Brasil seguiram um acordo de cartel, favorecendo grupos empresariais, que ora extorquiam, ora eram extorquidos pelo gestor público, que em detrimento de favorecimento aos demais poderes, que deveriam fiscalizá-lo. A economia então não se pautava pela competição, premissa única da eficiência dos mercados, mas pela cooperação e um arcabouço para-jurídico que garantia que os agentes se comportassem dentro do acordado. Propina, obra, doação de campanha, mais obra, custos altos, serviços deficientes para população e ciclos de grandes obras (com baixa eficiência).
Bastava, no entanto, que um dos agentes desviasse dessa estratégia. Moro desviou, e passou a investigar, mesmo recebendo uma remuneração tal independentemente do quanto trabalha. Ou seja, desviou até mesmo da inépcia do funcionário público. Aglutinou membros do MP que também desviaram. E agora, ao que parece, a estratégia do Gatilho de fato era uma ameaça vazia. E os carteis estão desmoronando. Pode ser muito bom. Fiquemos atentos.
Com firmas idênticas, o resultado do modelo de Cournot, é que ambas dividem o mercado (caso tenham exatamente a mesma tecnologia de produção), mas essa divisão é diferente do monopolista (uma única firma). Sendo a primeira (oligopólio) melhor para os consumidores, que terão uma oferta maior e um preço menor.
Caso os agentes econômicos cooperassem, a solução de cartel seria igual a solução de monopólio. Porém, ela não é sustentável, pois se baseia na premissa de que o agente irá manter seu acordo (tácito) de produzir apenas a quantidade de monopólio. Acontece que, se um dos agentes acredita que o outro irá manter sua palavra, ele tem incentivo em desviar e produzir acima, de forma a extrair mais excedente do mercado, aumentando seu lucro.
O desvio de uma solução de cartel nos modelos estáticos em microeconomia não garante um alívio para quem acredita apenas no livre mercado. Pois, como o mundo real é dinâmico, a solução de cartel em jogos repetidos é sim sustentável através de uma estratégia chamada (ilustrativamente) de Gatilho. Quando um dos agentes desviar do acordo, ele será retalhado para sempre, o que faz com o que o VPL da estratégia de cartel seja maior do que a competição pura.
Pois bem, durante muitos anos a política e a economia no Brasil seguiram um acordo de cartel, favorecendo grupos empresariais, que ora extorquiam, ora eram extorquidos pelo gestor público, que em detrimento de favorecimento aos demais poderes, que deveriam fiscalizá-lo. A economia então não se pautava pela competição, premissa única da eficiência dos mercados, mas pela cooperação e um arcabouço para-jurídico que garantia que os agentes se comportassem dentro do acordado. Propina, obra, doação de campanha, mais obra, custos altos, serviços deficientes para população e ciclos de grandes obras (com baixa eficiência).
Bastava, no entanto, que um dos agentes desviasse dessa estratégia. Moro desviou, e passou a investigar, mesmo recebendo uma remuneração tal independentemente do quanto trabalha. Ou seja, desviou até mesmo da inépcia do funcionário público. Aglutinou membros do MP que também desviaram. E agora, ao que parece, a estratégia do Gatilho de fato era uma ameaça vazia. E os carteis estão desmoronando. Pode ser muito bom. Fiquemos atentos.
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