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Às viúvas da crise mundial: Lá vem o Brasil, descendo a ladeira

A "nova" desculpa para o fraco rendimento do PIB brasileiro são os reflexos da crise mundial. O governo insiste em afirmar que a culpa do fraco crescimento brasileiro é do cenário internacional, justamente ele, que em 2008 foi capaz de alavancar o Brasil no posto de grande player do mundo, sobretudo, no área de commodities agrícolas e minerais. "Parece que ele vive em um mundo sem crise" respondeu nosso Ilmo. Ministro da Fazenda, em sua réplica quando questionado por sua inépcia em gerenciar a economia do país. Ou seja, toda a ineficiência de políticas, mais do que ultrapassadas, que foram utilizadas sem sucesso na década de 70, agora é creditada pela crise internacional, que já passou. O desemprego na Europa vem diminuindo, bem como nos EUA, o momento de estímulos a economia já passou. Agora as economias internacionais dão claros sinais que irão apertar sua política monetária. Porém, o Brasil em 2008, seguiu na onda das economias em crise, e repetiu o vel

Quem venceu foram Lucas e Friedman....

Teoria keynesiana funciona apenas em momentos de recessão. Confundir keynesianismo com ajuda a bancos, para evitar corrida bancária, é errado. Ao se fazer isso, imputa-se para o resto da sociedade a leniência dos administradores dos bancos. Além disso, confundir política de investimentos públicos em bens tipicamente privados também não é keynesianismo. Estado Grande não era uma das pretensões de John Maynard Keynes. Confundir Estado Grande com regulação econômica é uma das falacias cometidas por quem quer defender sua própria ineficiência. Hayek por outro lado, "uma economia é um sistema demasiado complexo para ser planejado por uma instituição central e deve evoluir espontaneamente, por meio do livre mercado." A mesma ideia foi aplicada ao Direito: Hayek sustentou que um sistema jurídico produzido pela gradual interação entre os tribunais e os casos específicos, funciona melhor que um sistema legal planejado a priori por um legislador. Na Política, propôs uma fórmul

Dólar irá disparar!

Analisando os dados da economia brasileira e a economia americana chegamos a um cenário de subida futura da moeda americana. Para tal, precisamos interpretar os dados da tabela 1.                               Tabela 1 - Inflação(USA-BR) e Dólar Fonte: Elaboração Própria Analisando os dados reportados pela tabela 1, temos a seguinte situação. Em 2008, aonde o Brasil apresentava as melhores condições históricas da sua economia, com perspectiva de crescimento do PIB para próximos de 8% ao ano, houve uma inflação de 5.9%, enquanto que para os EUA, no auge da crise de 2008, a inflação foi de 4.3%. De 2008 para 2013 a moeda americana apresentou taxas de inflação bem abaixo da brasileira, e analisando a coluna DIF, vemos que a diferença acumulada da inflação nos dos países foi de 20.6%. Isso significa o seguinte, de acordo com a inflação, a moeda brasileira perdeu 21% aproximadamente de poder de compra, frente a americana. Contudo, ao comparar

Efeito incumbent e a reforma política

Incumbent significa encarregado, ou a pessoa que está no comando. Na política, estudos mostram que este efeito na hora do voto é bastante significativo, o que determina que uma vez eleito, qualquer político possui vantagens para as próximas eleições. Perceba que desde a aprovação da reeleição todos os presidentes foram reeleitos. Entre governadores e prefeitos essa taxa é de 60%. Entre deputados federais, estaduais e senadores essa taxa é de... A reforma política pretende perguntar ao povo se financiamento de campanha deve se dar com apenas dinheiro público; apenas dinheiro privado; os dois; e também perguntar se, apenas pessoas físicas poderão doar dinheiro para campanha, ou as empresas também poderão continuar a doar. A opção que mais me agrada é a de que o dinheiro tem que ser privado, e apenas pessoas físicas poderão doar, sendo a doação máxima de 700 reais por pessoa. Dinheiro público em campanha política acho ultrajante. Apesar do interesse público em uma eleição, cada

Guido Mântega x Rui Barbosa (Encilhamento x BNDES)

Mais uma vez, sob a égide de não se cometer os mesmos erros do passado, nosso Ilmo. Ministro da Fazenda, se não tivesse faltado às aulas de FEB, talvez colocaria um tom de austeridade na política fiscal do governo. O BNDES desde a saída de Antonio Palocci, com a atual gestão de Guido Mântega, que era o presidente do banco de desenvolvimento estatal na época, tem se parecido muito com a gestão de Rui Barbosa, que entre 1889 e 1892 levou ao primeiro surto de hiperinflação no Brasil. Prestem atenção aos objetivos da política de Rui Barbosa e Ouro Preto: consistente promoção do desenvolvimento, crescimento econômico, distribuição de renda e da educação e confiança financeiras... E os efeitos foram: agravamento na  concentração de renda , sobrevalorização do rentismo em detrimento da atividade produtiva, generalização da falência, ignorância e desconfiança em relação ao funcionamento dos mercados, além do aumento geométrico da  dívida pública  e estagnação da economia. "Bas

Mais do mesmo....

Desde 1500 se reclama da corrupção no Brasil. Representantes que após eleitos viram as costas ao eleitor. - Queriam seu voto, agora querem seu dinheiro. Frase esta que aparece em qualquer discussão sobre política, no Brasil. Um povo sempre inconformado com novos escândalos, mas que na verdade parecem, os escândalos, serem sempre mais do mesmo. Esse termo, mais do mesmo, significa que a constância da corrupção produziria textos monótonos. Por isso, no Brasil há quase tantas palavras que significam roubo como no dialeto havaino para ondas, mais ou menos duas mil palavras. Pense em: roubo, improbidade, peculato, formação de quadrilha, estelionato, corrupção passiva/ativa,  estelionato, conluio, cartel, esquema, fraude, ...Quantos termos diferentes... e uma mesma semelhança entre eles. Será que no Brasil tantos casos como esses é fruto estritamente de uma característica inerente ao brasileiro? Acredito que não. Tem-se um passivo jurídico em um arcabouço de normas e regras que p

Post tenebras spero lucem

A frase bíblica (Jó, 17, 12) que se traduz por,  "Depois das trevas espero a luz", no atual momento político e econômico brasileiro se adéqua. Temos uma situação de extrema fragilidade política e institucional, aonde o executivo, agora, pretende encabeçar uma mudança, a qual, o legislativo se negou a fazer durante tanto tempo.  Dado a CF 88, muitos privilégios foram concedidos para políticos. Na prática, a partir de eleito e diplomado, qualquer político tem imunidade parlamentar. Sendo assim, não pode ser preso, por qualquer crime que seja, enquanto estiver no gozo de seu mandato. Veja abaixo a letra da lei: As prerrogativas parlamentares se distinguem em duas espécies principais,imunidades material e formal,mas há outras previstas no art. 53 da CF/88, com redação dada pela Emenda 35/01: Imunidade Material -caput - Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. A Inviolabilidade, por opiniões, pal

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