Analisando os dados da economia brasileira e a economia americana chegamos a um cenário de subida futura da moeda americana. Para tal, precisamos interpretar os dados da tabela 1.
Tabela 1 - Inflação(USA-BR) e Dólar
Fonte: Elaboração Própria |
Analisando os dados reportados pela tabela 1, temos a seguinte situação. Em 2008, aonde o Brasil apresentava as melhores condições históricas da sua economia, com perspectiva de crescimento do PIB para próximos de 8% ao ano, houve uma inflação de 5.9%, enquanto que para os EUA, no auge da crise de 2008, a inflação foi de 4.3%.
De 2008 para 2013 a moeda americana apresentou taxas de inflação bem abaixo da brasileira, e analisando a coluna DIF, vemos que a diferença acumulada da inflação nos dos países foi de 20.6%. Isso significa o seguinte, de acordo com a inflação, a moeda brasileira perdeu 21% aproximadamente de poder de compra, frente a americana.
Contudo, ao comparar a taxa de câmbio, observa-se que o dólar só se apreciou 4.31% nesse mesmo período. O que significa que ainda ocorrerá o ajuste no câmbio para compensar essa perda promovida pela inflação.
Então, por que esse ajuste ainda não ocorreu? Pressionado pela inflação acima do teto da meta, o BACEN brasileiro está intervindo no mercado de câmbio, não mais para aparar as arestas, ou dirt floating, mas sim para controlar a inflação, pois se o dólar dispara, os preços serão reajustados internamente, e a inflação chegará facilmente em 8% ao ano no final de 2013.
Logo, a minha recomendação é que se apostem em fundos atrelados ao dólar. Assim que a pressão inflacionária arrefecer, ou o BACEN mudar de ideia sobre intervir em um mercado de câmbio flutuante, haverá uma subida vertiginosa do dólar. Acredito que essa mudança ocorrerá assim que a taxa do IPCA for calculada, para preservar a inflação. O que deve acontecer entre o final de 2013 e inicio de 2014.
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