O COPOM motivado pela atual gestão econômica brasileira reduziu a SELIC há uma taxa nunca antes experimentada. Esse feito deu um sinal claro ao mercado: estávamos confiantes de que a gestão da economia estaria no caminho correto, nada nos abalaria, e agora iríamos decolar de vez, esquecendo-se de metáforas como voo de galinha e etc.
Não se preparou e solidificou a economia. A crise em 2008 acometeu todas as economias, e medidas foram feitas para dirimir a recessão. A principal delas, redução de juros. Sendo assim, caso o Brasil não reduzisse junto, iria receber um fluxo de capital do resto do mundo, o que valorizaria o Real frente às outras moedas. E assim foi feito, reduzimos os juros, seguindo a tendência internacional.
Acontece que nossa conjuntura macro e microeconômica não estava tão bela como se pensava. Logo viriam os primeiros déficits fiscais, que foram maquiados. A queda na produtividade, os sinais claros de superaquecimento da economia, inflação subindo, déficit no comércio internacional batendo todos os recordes e etc.
Em 2008 a meta da SELIC era de 13,25% ao ano. Em menos de 5 anos pioramos muito a nossa conjuntura econômica e vendemos ela por um preço mais caro, pois nossa meta agora é de 8%, e mês passado era de 7,5%. Como esperar que o investidos continue assim? Não vai, e assim começou a escalada do dólar.
Agora, todos as economias internacionais dão sinais claros de que irão subir os juros. E caso não seja corrigida de forma rápida essa distorção da SELIC brasileira, iremos observar uma fuga de capitais surpreendente, maior até do que a de 2002, na véspera da eleição do LULA.
Contudo, nosso BACEN perdeu a independência, está tomando decisões econômicas, com viés político. Sendo assim, não há de se esperar uma austeridade maior do que a política permite. E se a subida for apenas de 0.5% como de costume, iremos amargar mais 3 meses de inflação subindo, dólar subindo, fuga de capitais, aumento da inadimplência, e Bancos Comerciais e Estatais na contramão.
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