Pular para o conteúdo principal

Uma resposta a sociedade: De quem é a culpa da passagem de ônibus

Em pauta essa semana, os protestos contra os aumentos das passagens de ônibus. Esses protestos deixam bem clara a insatisfação da sociedade com o aumento do custo de vida. Que, meus amigos, não se resume apenas à passagem de ônibus. Serviços ficaram em média 15% mais caros só esse ano. Aluguéis, em torno de 30%. Colégio, plano de saúde, jantar fora, entre outros subiram muito acima da média divulgada pelo IPCA.

Sendo assim, de quem é a culpa desse aumento? Se vocês leram o post anterior (http://pedrocamachosalvador.blogspot.com.br/2013/06/uma-aula-sobre-inflacao.html)  não terão dúvidas. A culpa desse aumento é da inflação, que cresce a medida em que o Governo tenta esconder e financiar os déficits da sua gestão via impressão de moeda. O que na prática se torna uma imposto, o famigerado imposto inflacionário.

A primeira reação de um aumento de preços é culpar a ganância dos empresários, e depois, a conivência das autoridades públicas com esses, denominados, aumentos abusivos. Mas alguns dados devem ser suscitados: O aumento do diesel entre 2007 até 2013 foi de 30%, e o aumento dos salários dos seus funcionários foi de 20%, e o aumento das passagens foi de 37%. Logo, não há uma constatação de aumento abusivo. De quem é a culpa?

Novamente senhores, a culpa é da gestão do governo federal, que trava sua gestão com uma leniência sem precedentes, respaldada pela aprovação popular. A questão é, até quando se conseguirá imputar a culpa nos outros. Pois, felizmente, todos perceberão que não adianta protestar contra o aumento no supermercado, o aumento no preço da cerveja, o aumento no preço do aluguel, sem que a conta caia no verdadeira culpado. Ouviram bem, Mantega e Dilma?

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A regra do 69

Uma pergunta simples ronda os mais curiosos sobre investimentos: quanto tempo demorará para que eu dobre meu capital investido. Ou seja, se eu coloco 100 reais hoje, ou um múltiplo, quanto tempo terei que esperar para meu capital dobrar? Alguns textos mostram de forma rápida a chamada regra do 72, que significa simplesmente que o tempo será T=72/taxa, ou seja, suponha que a sua taxa de juros real hoje seja de 14.15% ao ano (selic), por essa regra, o tempo que você irá demorar para dobrar seu capital é de 72/14.15, que é igual a 4,96 anos. Mas como chega-se a esse resultado? A conta é simples, e está indicada abaixo. Porém a regra não é do 72, é do 69... Portanto, tem-se uma regra bastante prática para calcular um valor bastante intuitivo. O quanto eu preciso esperar para que meu capital dobre, a uma dada taxa de juros. Felizmente, no Brasil vivemos um regime de taxa de juros elevada, porém, geralmente a conta é contrária: "quanto tempo devo esperar para que a

O elefante e o circo e os investimentos em educação

Para cada 1 real investido, se tem como retorno R$ 4,88. Talvez uma das tarefas mais dispendiosas de um dono de circo seja treinar um elefante. O animal é extremamente forte, pesado (óbvio), come muito e difícil de lidar. Contudo, quase todo circo possui um elefante em seus números de adestramento. O porquê não é difícil de entender. O animal vive mais de 70 anos, e possui a maior memória entre os mamíferos terrestres. Portanto, a pesar do elevado custo de ensiná-lo, e de alimento e etc, o investimento inicial uma vez sendo implementado, o paquidérmico renderá 70 anos de shows impecáveis. A comparação pode parecer esdrúxula para alguns, mas o mesmo acontece ao ser humano, principalmente na primeira infância. A nossa capacidade de aprendizado é muito grande entre 2 e 5 anos, e podemos ter nossas habilidades cognitivias e socioemocionais impactadas de maneira bastante significativa. Obviamente não se faz mister que todas as crianças tenham pré-escola, mas o estimulo diário ao co

Porte de Armas: equilíbrio pareto ineficiente

A segunda emenda americana data de 1791, ou seja, final do século 18. Nessa data, as armas existentes não passavam de 1 tiro por vez. A invenção do revolver ocorreu em 1836 por Samuel Colt. Logo, a ideia do uso de armas para proteção e utilização para fins recreativos se deu em um contexto muito diferente do atual, onde armas como metralhadoras automáticas, permitem facilmente mais de 100 disparos com uma única arma sem a necessidade de recarregar. As armas são um importante instrumento de auto-defesa. Principalmente em um contexto no qual a segurança e a vida das pessoas estão à mercê de sociopatas e criminosos. Contudo, as armas que são utilizadas para a defesa à vida, podem ser utilizadas para ceifá-la. Para se ter uma ideia, olhe em baixo o perfil de armamentos que existiam na época da liberação das armas e analise e compare com os padrões de armamentos modernos. As duas imagens mostram um contexto totalmente desconexo um do outro. Enquanto que um indivíduo armado

Marcadores