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Transporte Público: Da van ao avião

Irei comentar algumas reportagens que foram feitas com essa temática sobre transportes. A pesar de não ser um especialista na área, e entender apenas da parte econômica, segue algumas análises, e respostas, para que o leitor reflexivo ajude na interpretação do problema. O ministro da Aviação Civil Moreira Franco em uma reportagem deu a seguinte declaração: "O monopólio é sempre danoso ao cliente"   Para quem entende de economia minimamente, uma declaração como está é preocupante, principalmente, em se tratando de alguém que entende, ou que em tese deveria entender como poucos do setor em questão. Um aeroporto, por definição, é um monopolista natural, ou seja, opera com uma escala tão grande, que não permite que exista concorrentes. A estrutura de um aeroporto é primordialmente pautada em um custo fixo astronômico, e um custo marginal baixíssimo, se olharmos para a ótica de um passageiro. Sendo assim, essa estrutura, por definição é a característica de um monopólio natura

Raízes teimosas

Desde que construiu o homem cordial, Sergio Buarque de Holanda em Raízes do Brasil, já nos anos 30, transformou em palavras claras a realidade e o espírito do homem brasileiro, por que não falar mais claro, do homem público brasileiro, uma vez que o homem cordial, nada tem de cordial, a não ser fazer caridade com o chapéu dos outros. O político brasileiro tem a mania feia de achar que a coisa pública é de sua posse. A político me refiro a qualquer um que faça política, e que mexa com qualquer coisa que seja pública, ou seja, que não é de sua propriedade, mas que momentaneamente, está sob seu domínio, por assim dizer. Roberto DaMatta, ao definir a frase "você sabe com quem está falando", retrata esse fato, triste fato, e, parece que passam-se os anos, e cada vez mais, mais do mesmo se repete, como se fosse um eco, que vai e vem, e teima em se repetir. Pois bem, assustadoramente, mesmo com a inquietação tomando conta das ruas, o Governador do Rio de Janeiro, Sérgio Ca

Muito assunto e pouco tempo.

Pauta de hoje:  1- se os donos da Telexfree foram presos por um esquema de pirâmide, o que acontecerá com a Previdência Social, que funciona como pirâmide desde que entrou em vigor, em 1923 pelo Decreto n° 4.682?? O INSS, principalmente depois da promulgação da CF 88, funciona da seguinte forma, você recebe não o que você contribuiu, e sim o que os trabalhadores de hoje contribuem. Contudo, um estudo do IPEA, e outros estudos também, apontam para o fim do bônus demográfico, ou seja, a partir de hoje, nunca o número de jovens no Brasil será tão grande, e a tendência para o futuro é que esse percentual diminua. Dessa arte, quando chegar a vez desses jovens, daqui há 45 anos receberem, não haverá como essa estrutura se manter. Veja a definição de pirâmide, e reflita se existe a condição não Ponzi para o INSS brasileiro ( http://pt.wikipedia.org/wiki/Esquema_Ponzi ) 2- um estudo mostra que nos EUA a maioria das famílias, agora, é de classe A. Olhe o gráfico abaixo: retira

Cepal e o Brasil: uma parceria de longa data

Desde a década de 50 com Raul Prebisch e sua teoria do desenvolvimento periférico, o Brasil adentrou de cabeça no pensamento cepalino, no que tange sua gestão econômica, tendo, em alguns períodos, divergido mais ou menos, porém sempre consultando as cartilhas da Cepal. Desde essa época, a CEPAL vem influenciando a tomada de decisão no Brasil, e com isso, para o bem ou para o mal, influenciando nossa economia. Podemos perceber que, a política dos países da América Latina tem um denominador comum no tempo. Seja nos períodos de ditadura militar, no pós-segunda guerra, como uma resposta do surgimento das ditaduras de esquerda, seja nas políticas mais liberais dos anos 90, e agora, tem-se uma indefinição, pois não pendemos nem para as políticas bolivarianas nem para o liberalismo. Países como o Brasil, que possuem uma grande influencia no bloco, não consegue exercer sua influência e seu papel de líder do bloco. Assistimos calados e apreensivos o surgimento de Chaves, Evos, Kirchne

E a culpada é: A taxa de câmbio!

Recentemente, a pífia sequência de taxas de crescimento da economia brasileira, que após os incríveis 7.5% de 2010, apresentou 2.7%, 0.9% e agora com previsão otimista de 2.5% (para 2011, 2012 e 2013* respectivamente), gerou a necessidade de se eleger um culpado para tal situação. Não pense você cara leitor que o culpado foi a gestão econômica. Nem de longe! Muito menos o baixo grau de abertura econômica brasileira, que regrediu. Também não. Os gastos exagerados, inflação descontrolada, e uma nova necessidade de subida rápida dos juros. Tão pouco! Agora a culpada é a taxa de câmbio. Isso mesmo, estudaram, estudaram e estudaram e perceberam que o câmbio agora está muito apreciado, o que tira a competitividade da nossa indústria, que é (só na cabeça deles) o dínamo da nossa economia, pois somos um país industrializado, e queremos exportar!  Esquecem eles dois fatores, o primeiro, e talvez o principal, é que a taxa de câmbio é flutuante, é regulada através de um mecanismo ba

Alta contraditória do mercado

Teoricamente, o mercado de ações rivaliza com a renda fixa. Essa rivalidade tem a ver com a atratividade dos investidores. Ou seja, quando o mercado de renda fixa está pagando bem, parte do investimento em renda variável, dessarte, migra para a renda fixa. No Brasil, o grande mercado de renda fixa é o CDI e o Tesouro Direto. Todos eles são abalizados, e tem como benchmark a SELIC, que é o Sistema Especial de Liquidação e Custódia, no qual sua taxa remunera os empréstimos interbancários intraday. Quando, em 2008, passou-se a vislumbrar de forma concreta uma trajetória decrescente da taxa de juros, os mercados brasileiros ficaram animados. Todos acharam que haveria um crescimento, e crescimento este duradouro. No entanto, o ânimo dessas pessoas foi arrefecido pela crise das subprimes em 2008. De lá para cá, digamos até janeiro de 2013, a trajetória dos juros foi de baixa, partiu de 12.5 e chegou em 7.25. Contudo, o mercado acompanhou esse ritmo de queda, o que é bastante contradit

Lição do Papa: Religião e Política

Um novo debate toma a cena. O lobby das entidades religiosas quanto ao projeto para vítimas de estupro. Ou seja, querem ir contra ao direito individual de uma vítima de estupro evitar a gravidez com o auxílio do SUS e com toda a assistência devida. Preferem, eles, então, que a vítima recorra à clínicas clandestinas, ou conceba uma criança cujo nascimento se deva a uma das mais nefastas condições que pode abater-se sobre uma mulher, o estupro. (Clique na imagem para ir ao site da deputada Iara Bernardi que tem meu total apoio nessa questão!) Aceito o ponto de vista de quem é contra o aborto. Se você é contra o aborto, ótimo! Não aborte. Mas não me obrigue a ser igual a você. Esse, nem de longe, é um pensamento democrático, é um pensamento absolutista e retrógrado, da ditadura da maioria, ou minoria organizada. O advogado Paulo Fernando Melo, que é vinculado ao movimento Pró-Vida, deu a seguinte declaração: "As consequências chegarão à militância pró-vida causando grande at

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