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Collor e seu legado antagônico para o país.

Do ponto de vista econômico, Collor foi o melhor presidente em termos de implementar políticas que eram necessárias há 50 anos para o país. A abertura comercial e financeira do país é a causa pela qual hoje se pode andar em carros com direção elétrica, se tem computadores modernos e a população passando a conviver com avanços tecnológicos como internet, celulares e etc. O país, antes de 1990 era profundamente atrasado em termos de tecnologia e gestão. Grande parte do legado dos mais de 20 anos de governo militar foi o emparelhamento estatal, e uma profunda crise nas empresas estatais. Bom, em termos de gestão o ganho foi a imposição da privatização dessas empresas mesmo com todo o histórico de ufanismo e nacionalismo impetrado pelos militares e seus antagônicos socialistas e comunistas. Ao instituir o PND – Programa Nacional de Desestatização pela Lei nº 8.031, de 1990 . No entanto, das 68 empresas incluídas no programa, apenas 18 foram efetivamente privatizadas, pois Collor

Ações Afirmativas: Cotas por Cor

O debate americano sobre a permanência ou não de critérios de admissão para universidades e empregos baseados na cor do candidato reacendeu um debate importante para o Brasil que são as cotas de cor no acesso às universidades públicas e, mais recentemente, aos cargos públicos. A despeito de todos os argumentos que apelam para uma discriminação às avessas contra o branco, e principalmente ao branco pobre no Brasil, que tende a sofrer o mesmo tipo de dificuldade encontrada pela sua contrapartida negra, penso eu que esse argumento é refutado por uma visita a um presídio brasileiro, ou a uma favela ou a centros de menores infratores. A discriminação com o negro no Brasil está enraizada na cultura escravocrata pela qual o país dependeu economicamente durante um longo período da sua história. A mão de obra escrava foi a grande pedra angular de uma agricultura com baixa produtividade e altamente concentradora de terras e direitos nas mãos de poucos. Resquícios das Capitanias Hered

Intervenção Urbana, gera intervenção urbana

Como um cachorro perseguindo o próprio rabo, prefeitura, governos federal e estadual, estão trabalhando para deixar um legado do seu governo. Ótimo legado, caso trabalhassem para se enriquecer e não para a sociedade. As obras de infraestrutura atraem uma mão de obra pouco qualificada e com uma alta rotatividade. Soma-se esse fato com o boom imobiliário, e temos dois resultados, alto custo e uma população de desempregados após esses investimentos. Sem a concatenação das obras de infraestrutura, e uma continuidade o e uma visão de longo prazo, podemos ver o dinheiro gasto com as obras, e propinas, ir para o ralo. O primeiro motivo é que as obras concentram grande parte do dinheiro injetado nas mãos de poucos, o segundo motivo é que os trabalhadores que são atraídos para esse mercado carecem de outras oportunidades de trabalho, dificilmente serão aproveitados para outros setores, o que pode gerar uma multidão de desempregados em uma cidade cuja estrutura de transporte de massa está

Brasil: Sociedade Aberta ou Fechada?!

Uma sociedade aberta possui algumas características essenciais, a primeira dela é a democracia, a segunda é o respeito a individualidade e a visão de que o Estado e o Governo são representantes de uma sociedade e não ao contrário. O Governo é que trabalha para você. A relação não pode ser de amor ou ódio, é uma relação no limite técnica, e hierarquicamente muito diferente do que vem sendo posto em prática há 500 anos no Brasil. Os governantes trabalham para a sociedade, então como pode haver privilégios para essa classe. Uma vez que em uma relação de trabalho Agente-Principal, não se pode pensar em agentes delegando e estabelecendo padrões para suas tarefas. Contraditoriamente, na política é assim, o empregado é quem manda. Além disso, para uma boa relação, seja em qualquer âmbito, inclusive amorosa, a assimetria informacional não pode existir. Caso exista deve ser reduzida a um nível mínimo de tolerância e eficiência. Esse é mais um dos pressupostos de uma sociedade aberta, a tra

A tecnicidade na política

As discussões sobre as políticas públicas têm gerado muitas polêmicas exatamente pela falta de transparência. No âmbito federal o maior exemplo é o Bolsa Família. Ninguém, tirando alguns setores do governo, tem acesso aos microdados do programa. Isso é uma afronta à democracia e à sociedade aberta. A sociedade precisa ser informada sobre como seu dinheiro é gasto, está na lei da transparência, e no próprio principio constitucional da eficiência que rege à administração pública e seus atos. Além disso, como não há dados, não há como avaliar de forma científica. E tudo entra na boa e velha guerra da propaganda e dos achismos destemperados, que seria tolido pelo rigor científico. A aproximação da academia e as políticas públicas é de extrema importância para evitar que a ideologia ponha em cheque o caminho ótimo para o desenvolvimento de um país e uma sociedade. No âmbito do governo do estado, uma das políticas mais polêmicas é a da UPP. Não se tem ainda ideia sobre os ganhos e

Educação: Professor de Filosofia e a Valesca Popozuda

O fato que foi publicado no facebook e que virou viral após alguns dias tornou o professor de filosofia da Escola de Ensino Médio 3, no Distrito Federal, Antonio Kubitschek. A questão primordial é que se ele tivesse o menor medo de perder o emprego jamais faria tal brincadeira. São dois pontos que levam uma pessoa a fazer sherking (vulgo corpo mole) no emprego. A primeira é a dificuldade de se encontrar outro posto no mercado de trabalho com a mesma remuneração e a outra é a rigidez no controle e na observação do trabalho prestado. A vida de um professor na esfera pública ou privada, que esteja delegado ao ensino básico, médio e mesmo no ensino superior (em menor escala), profissionalmente falando, é de baixíssima remuneração dado a relativa importância do trabalho. O ensino público no Brasil, mesmo com um gasto relativamente acima da média internacional, é percebido como de baixíssima qualidade e, decorrentemente, de uma ineficiência e ineficácia incrédulas. Temos sempre os

Campeões Nacionais: A galinha e seu voo.

Com a crise da zona do Euro em 2012, foram eleitos setores na economia para receber prêmios, uma vez que se apostava neles como fonte de recrudescimento econômico. Foi um verdadeiro embuste. Os eleitos foram os setores de bens duráveis, como eletrodomésticos e automóveis, bem como a construção civil. Redução do IPI, redução dos juros da casa própria, crescimento nas vendas, alavanca crescimento industrial, que alavanca crescimento econômico, mais um ciclo virtuoso (que legal!), mas pera aí?!? O que aconteceu de errado? Primeiro, crescimento sustentável só vem com inovação, ou seja, investimento em novas tecnologias que aumentem a produtividade dos, já muito escassos, fatores de produção. Podemos perceber que nossa matriz econômica pouco andou nesse sentido, vide consumo de água e luz, que não param de aumentar mesmo com a falta desses recursos e o encarecimento na oferta. Além disso, poderíamos ter aumentado a produtividade melhorando a logística e a eficiência alocativa desses r

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