Com a crise da zona do Euro em 2012, foram eleitos setores na economia para receber prêmios, uma vez que se apostava neles como fonte de recrudescimento econômico. Foi um verdadeiro embuste. Os eleitos foram os setores de bens duráveis, como eletrodomésticos e automóveis, bem como a construção civil. Redução do IPI, redução dos juros da casa própria, crescimento nas vendas, alavanca crescimento industrial, que alavanca crescimento econômico, mais um ciclo virtuoso (que legal!), mas pera aí?!? O que aconteceu de errado?
Primeiro, crescimento sustentável só vem com inovação, ou seja, investimento em novas tecnologias que aumentem a produtividade dos, já muito escassos, fatores de produção. Podemos perceber que nossa matriz econômica pouco andou nesse sentido, vide consumo de água e luz, que não param de aumentar mesmo com a falta desses recursos e o encarecimento na oferta. Além disso, poderíamos ter aumentado a produtividade melhorando a logística e a eficiência alocativa desses recursos. Ou seja, investimentos em infraestrutura, e no Brasil isso poderia ter se traduzido por transportes. Não foi feito.
Aliás, se demorou muito para se traçar uma estratégia de concessão e gestão pública das rodovias federais. Com essa demora, proposital ou não, pouco se investiu. Além disso, não se pensou, novamente, em outras alternativas como a ferroviária e a hidroviária. Se os investimentos para os elefantes da copa, tivessem sido direcionados para resolver alguns gargalos antigos brasileiros, talvez se tivesse caminhado para um cenário menos funesto. Um desses gargalos é uma alternativa viável para o transporte de alta velocidade no eixo Rio-São Paulo, além disso, ligar o Centro-Oeste, nossa maior fonte de divisas estrangeiras, com os portos do Sul-Sudeste e Nordeste, via ferroviais e hidrovias é algo que deveria ser feito desde a década de 1970.
Quando digo que a ideologia naufraga em suas próprias lágrimas, sou corroborado pelo comportamento da atual gestão econômica que repetiu erros crassos das gestões do período militar, exatamente as quais, o atual governo, junto com a presidente, parece ter ojeriza. Como é possível então continuar no mesmo tom? Pergunte para as galinhas....
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