O fato que foi publicado no facebook e que virou viral após alguns dias tornou o professor de filosofia da Escola de Ensino Médio 3, no Distrito Federal, Antonio Kubitschek. A questão primordial é que se ele tivesse o menor medo de perder o emprego jamais faria tal brincadeira. São dois pontos que levam uma pessoa a fazer sherking (vulgo corpo mole) no emprego. A primeira é a dificuldade de se encontrar outro posto no mercado de trabalho com a mesma remuneração e a outra é a rigidez no controle e na observação do trabalho prestado.
A vida de um professor na esfera pública ou privada, que esteja delegado ao ensino básico, médio e mesmo no ensino superior (em menor escala), profissionalmente falando, é de baixíssima remuneração dado a relativa importância do trabalho. O ensino público no Brasil, mesmo com um gasto relativamente acima da média internacional, é percebido como de baixíssima qualidade e, decorrentemente, de uma ineficiência e ineficácia incrédulas.
Temos sempre os piores resultados em comparação com outros países de economias mais pobres. O último resultado do PISA o país figurou na posição de número 31, atrás de Chile e Uruguai.
O descaso com a qualidade e principalmente com a gestão do ensino básico e médio gerou distorções a partir de 1960 que dificilmente serão corrigidas sem um plano de ação feito por técnicos dedicados a esta questão. Alternativas como a federalização do ensino, e, também, como foi feito em Goiás, são propostas em aberto que merecem ser debatidas.
Apenas mais dinheiro não é a resposta.
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