Pular para o conteúdo principal

Postagens

PIB Monitorado: os sinais da recessão estavam lá

Dizendo que o mercado tem uma visão de curto prazo, e visa exclusivamente o lucro. Logo, por esse pensamento, empresas que demandam grandes investimentos iniciais, e que demorariam a se tornarem rentáveis, não são atrativas para o mercado. Sendo assim, o Estado necessita intervir. Eu discordo dessa argumentação, bastando olhar o comportamento do valor de mercado de empresas como Facebook e Google. Empresas estas que passaram a ter lucro muito tempo depois de serem valorizadas e atingirem patamares bilionários. Logo, o mercado não pode ser tão míope assim, de só enxergar no curto prazo. A falácia nesse argumento do curto-prazismo é simples. Não é o mercado que é míope, são as políticas gerenciais que o são. O mercado é apenas uma média das opiniões gerais sobre as políticas implementadas, e essa média de opiniões se reflete no preço e na tendência. Se a política for boa, o preço sobe, se for ruim, o preço cai, e ponto. Políticas boas são aquelas que, em geral, elevam a pro

Investir em Imóveis com juros altos é um tiro no pé

Durante o primeiro mandato do Governo Dilma, os juros no Brasil tiveram um comportamento ímpar na história desde a estabilização da moeda. A presidente trocou a chefia do Banco Central, sai Meirelles e entra Tombini, e os juros partiram de 12,5% ao ano para 7,5% ao ano, e isso com uma inflação que sempre orbitou o teto da meta de 6,5%. Na prática o país viveu um momento de juros baixíssimos que movimentou todos os setores que dependem fundamentalmente de financiamentos para serem estimulados, como o de bens duráveis - linha branca e carros - e, principalmente, imóveis.  Nenhum outro setor cresceu tanto durante o período de 2011 à 2013. Crescimento este motivado como podemos observar no gráfico abaixo pelo simples fato de que, ficou mais barato comprar do que alugar um imóvel. Basta fazer a diferença entre o custo do financiamento (SELIC) e o custo do imóvel (geralmente 0,6% ao mês do valor do imóvel) O gráfico acima faz um comparativo entre as taxas de retorno dos títul

A importância de uma reforma da previdência que defina direitos e deveres

O sistema de previdência pública é algo recente nas economias mundiais. Seu primeiro programa tem menos de um século de vida. Nos Estados Unidos foi inaugurado no início do ano de 1940, reflexo, dentre outros, da Grande Depressão de 1929, e suas consequências para a população empregada, principalmente, aqueles com idade mais avançada. No Brasil, a implementação da aposentadoria como conhecemos foi gradual, a primeira a vigorar ocorreu em 1888, e era exclusividade para os trabalhadores dos correios. Paulatinamente o sistema de aposentadoria pública passou a se tornar mais amplo, e seu modelo passou a açambarcar os trabalhadores urbanos em 1960, os trabalhadores rurais em 1963, e em 1988 passou a se tornar o principal mecanismo de redistribuição de renda no país, contemplando inclusive pessoas de baixa renda, deficientes físicos, e idosos que não haviam contribuído de maneira formal.  Ou seja, em 1988 houve uma desvinculação total entre a contribuição e a contrapartida de venciment

Explicando a volatilidade do Dólar e, porque não tem-se outra alternativa para resolver essa questão do que uma política de gastos públicos austera e previsível

Friedman foi um dos principais defensores teóricos do sistema de câmbio flutuante. não porque gostava de operar no mercado de câmbio futuro, mas porque sabia que com um sistema de câmbio flutuante se amarravam as outras políticas discricionárias. Uma vez que, dado escolhas ruins de políticas fiscais e monetárias, o câmbio responde, revelando o caráter ineficiente das políticas implementadas. Logo, se o câmbio deprecia é sinal de que as políticas adotadas no país estão em rumo contrário ao que deveria ser feito. Do contrário, quem apostar na depreciação irá perder dinheiro. E se tem uma coisa que é universal é que sendo de direita ou esquerda, ninguém quer perder dinheiro . Logo, nenhum investidor aposta na alta do dólar simplesmente por implicância das políticas do PT. Mas porque sabe que um desajuste fiscal irá promover ou inflação, ou aumento da dívida, o que torna a necessidade de financiamento maior, e com isso, o risco dos títulos da dívida aumentam, reduzindo sua atrativida

Dinheiro do Governo?

Quando se pensa em orçamento público, e principalmente, quando se comenta sobre, deve-se ter muito cuidado com a escolha de palavras, que levam o ignorante concluir coisas que não existem, como por exemplo a existência de dinheiro do governo. Primeiro, o Governo é uma estrutura política que visa três princípios: alocar, redistribuir e estabilizar. Não se incluem aí a produção de riquezas, bens ou serviços. Contudo, é facultado o Governo entrar na parte produtiva, desde que essa decisão seja guiada por um dos 3 princípios aludidos. Para a produção o Governo cria empresas estatais, e desvincula suas operações, caixa e patrimônio ao do Executivo, mais uma vez, porque este último não gera riqueza. Se ele não gera, como consegue promover investimentos, pagar funcionários e financiar o gasto público. Através de impostos . Portanto, o orçamento do Governo é exatamente parte da poupança da população que foi extraída através da coerção para promover as políticas que ele assim determin

Judiciário falar em igualdade?! Socorro!

Me deu um embrulho no estômago observar o recente e crescente avanço do Judiciário no que tange a promoção de igualdades no Brasil. Igualdades essas tão negligenciadas por este mesmo poder no Brasil. A mais recente medida foi a proibição à PM de proceder prisões ilegais nos ônibus oriundos da zona norte/oeste em direção às praias da Zona Sul.  Até aí ok, pensarão muitos. Contudo, as prisões ilegais não precisam ser proibidas, o nome já diz tudo, são ilegais. E ilegalidades cometidas por agentes com poderes conferidos pelo Estado é um sintoma de um judiciário doente e confuso em relação às suas responsabilidades. Ademais, não há no Brasil um poder que gere mais inequidades do que o judiciário, justamente por, em termos positivos, observarmos a prática de dois tipos de leis. Uma para quem é de uma elite e outra para os demais. Essa elite, promovida pelo judiciário, não é aquela que possui bens e recursos privados. Basta olhar o que o judiciário fez no caso do Eike Batista, onde

Lá vem o Brasil descendo a ladeira [x2]

No dia 30 de Junho de 2013 eu escrevi: Analisando o período atual, de 2010 e 2011, observa-se que o Brasil simplesmente, após 2010, declinou sua economia. Perdemos, em termos de crescimento, para a média internacional, para os países do BRIC´s e também, surpreendentemente, para a média da América Latina.  A "nova" desculpa para o fraco rendimento do PIB brasileiro são os reflexos da crise mundial. O governo insiste em afirmar que a culpa do fraco crescimento brasileiro é do cenário internacional, justamente ele, que em 2008 foi capaz de alavancar o Brasil no posto de grande player do mundo, sobretudo, no área de commodities agrícolas e minerais. Bom, ao que parece pouca coisa mudou no discurso econômico. Apenas que a crise internacional atingiu em cheio a economia brasileira. Pouco se fala, no entanto, das causas da crise interna, apenas que é um reflexo do cenário internacional. Algo que não dá nenhum alento aos agentes, uma vez que, se o país pode mergulhar

Marcadores