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Os problemas da dolarização argentina

Os argentinos hoje enfrentam um processo de dolarização de sua economia, algo que já foi feito no passado. O país do tango já aceitou como segundo meio de pagamento do dólar antes da crise de 2002, para conter a inflação via desindexação, uma espécie de medida que o Brasil já tomou, mas de forma mais inteligente com a URV, que era atrelada ao dólar. Acontece, que a dolarização da economia argentina faz com que a oferta de dólar do cone sul diminua, e com isso, iremos observar, enquanto esse período não melhorar, um aumento do dólar frente ao peso argentino, e também às outras moedas do Mercosul, porém em caráter mais lento, mas contínuo também. Isso se deve ao seguinte problema, se o dólar está valorizado na Argentina, e desvalorizado no Brasil, um argentino racional, visita o Brasil, compra seus reais, depois converte em dólar e retorna para a Argentina com seu capital dobrado, se o fizer hoje. Veja só: 1)a cotação dólar/peso no paralelo argentino é de: 10 para 1. 2)a

Dica de um economista para o dia dos namorados (para você mulher)

Dia 12 de Junho, o dia dos namorados, é uma data especial para os casais, e em especial para as mulheres solteiras. Amigos meus comprovaram que nessa data, elas ficam mais suscetíveis a cometer péssimos julgamentos, e fazer escolhas que as façam se arrepender no dia seguinte. O emocional às vezes gera uma forte neblina sobre seu olhar racional, fazendo as mulheres repensar sobre suas escolhas de vida. Mulheres, o mundo funciona da seguinte maneira: a melhor forma de prevermos o futuro é olhando para o passado, que é o único conjunto informacional válido para cada situação. Por isso é tão importante estudar história, para aprendermos com nossos erros. Pois bem, vocês devem ter percebido que a partir de um determinado momento vocês passaram a atrair o mesmo tipo de cara, onde cada relacionamento novo parecia uma cópia ou uma versão atualizada de algum relacionamento passado. Calma! A economia provê a resposta para você. O modelo de séries de tempo Hoje = (%)ontem + (%)algo-aleatór

PIB caindo, Inflação subindo e discussões descabidas

Em pauta hoje os jornais trouxeram o computo do PIB para o primeiro trimestre, que apresentou uma alta de 0,6%. Ou seja, a economia aumentou sua produção dentro das fronteiras do país em 0,6% entre jan-mar. Não chega-se a tocar se essas riquezas de fato permaneceram no país, e como vem se comportando o PNB dado o aumento da participação de empresas estrangeiras que aproveitam as benesses do Governo Federal para com as indústrias, que preferem o afago do Governo ao mercado maldoso. Contudo, foi discutida a medida do Banco Central de aumentar a SELIC em 0.5 p.p., elevando para 8% ao ano a remuneração dos títulos de seguro entre empréstimos interbancários (taxa do overnight). Pera aí, por que discutiram isso? O BACEN tem a função principal zelar pela moeda nacional, e não se preocupar com 43mil outras variáveis, se a inflação está colocando em cheque as funções da moeda, e fazendo com que o compromisso das Metas Inflacionárias esteja sendo enfraquecido, ele precisa agir para segur

Discussão em pauta: Empregadas domésticas, desconto no imposto de renda com saude

Seguindo os assuntos em pauta nos jornais observamos uma discussão com relação a dinâmica contratual entre empregadas domésticas e seus patrões sendo promovida pelo congresso, mas novamente, e como sempre não existe representação na discussão muito menos rigor técnico. A proposta amplia os direitos trabalhistas, o que na realidade passa a ser justo, mas queria incluir uma multa rescisória de 40% independentemente do motivo, justa causa ou não, demissão ou pedido de demissão... e só saiu porque observaram que poderia gerar um desconforto junto ao STF, que poderia vetar. Ora, essa proposta na prática iria acabar com o mercado de empregadas domésticas no Brasil, ninguém mais as contrataria, haveria desemprego e talvez elas mesmas tivessem que aderir a informalidade ou ao chamado mercado de prestação de serviço como diaristas sem nenhuma segurança ou estabilidade. Além disso, não existe representação desse grupo, não chamaram as empregadas domésticas e os patrões para discutir os t

Resposta ao Pré-sal: doença holandesa

O leilão dos lotes do pré-sal entre a foz do Amazonas e o nordeste brasileiro foi um sucesso, uma marcar de 2,8 bilhões foram levantados (menor do que o passado se corrigir pela inflação), mas isso é irrisório frente ao investimento necessário ao setor para que se torne uma realidade a produção. Neste ano mais uma será feita, e promete ser um novo recorde, o leilão na bacia de santos e norte fluminense. Ao que tudo indica o setor irá movimentar nos próximos 6 anos algo em torno de 50 bilhões, com investimentos estrangeiros e nacionais. Bom e por que um artigo para isso? Bem, todo estudante de economia já ouviu falar da doença holandesa, que advém de um investimento maciço da economia em um setor de commodities que quando se esgota, acaba devastando toda a economia, que passou a depender exclusivamente deste setor. O Brasil tem uma baixa capacidade de investimento dado sua poupança que beira os 15% do PIB, muito abaixo da média de países como China, Japão e Coréia do Sul que é de

Resposta ao Lucro Brasil

Existe um movimento na internet sobre a questão do Lucro Brasil que passou a questionar a diferença da ordem de 60% no mínimo entre os carros negociados dentro do Brasil e fora. A grande parte dos argumentos vai ao encontro da linha em quem o empresariado brasileiro seria ganancioso de mais para abaixar os preços e por isso eles teriam dado as mão e falado, não vamos reduzir nossos lucros, somo um cartel com produtos diferenciados, competimos ferozmente via propaganda, gastamos com promoções, feirões, pedimos ao governos redução do IPI mas nosso lucro e nossa margem (Lucro=Q(Preço-CustoMéd.) não reduzimos. Ora, nada poderia ser mais infantil e menos aprofundado. Os lucros das empresas são compatíveis com os incentivos que o governo brasileiro dá, que desde 50 exerce uma forte proteção ao setor automobilístico que foi reduzida apenas no Governo Collor, aonde se deu conta do nível do absurdo que é essa política. Além disso, o governo voltou com força total após as medidas compens

Resposta ao debate entre Beluzzo, Pessoa e Fonseca

Para quem ainda não viu, segue o link do debate sobre os novos desafios para o desenvolvimento brasileiro (  http://globotv.globo.com/globo-news/globo-news-painel/t/todos-os-videos/v/especialistas-debatem-se-o-brasil-pode-aproveitar-a-crise-mundial-para-crescer/2596756/ ) aonde os debatedores de notória inserção e conhecimento sobre economia comentam uma reportagem do Financial Times sobre a situação atual brasileira, que perdeu um ótimo momento para se inserir no bloco dos países desenvolvidos. Essa reportagem afirmava a preocupação dos mercados mundiais com a atual conjuntura brasileira, e mostrava a clara decepção sobre o cenário atual brasileiro, a saber: baixo crescimento, inflação alta, e desemprego apesar de baixo, aumentando. Fiquei intrigado com o tempo destinado a pobre oratória do Beluzzo, que não sabe administrar nem time de futebol, e quer dar os maiores pitacos, sendo que ele agora acha que a taxa de câmbio é a responsável pela queda de competitividade da nossa ind

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