Em pauta hoje os jornais trouxeram o computo do PIB para o primeiro trimestre, que apresentou uma alta de 0,6%. Ou seja, a economia aumentou sua produção dentro das fronteiras do país em 0,6% entre jan-mar. Não chega-se a tocar se essas riquezas de fato permaneceram no país, e como vem se comportando o PNB dado o aumento da participação de empresas estrangeiras que aproveitam as benesses do Governo Federal para com as indústrias, que preferem o afago do Governo ao mercado maldoso.
Contudo, foi discutida a medida do Banco Central de aumentar a SELIC em 0.5 p.p., elevando para 8% ao ano a remuneração dos títulos de seguro entre empréstimos interbancários (taxa do overnight). Pera aí, por que discutiram isso? O BACEN tem a função principal zelar pela moeda nacional, e não se preocupar com 43mil outras variáveis, se a inflação está colocando em cheque as funções da moeda, e fazendo com que o compromisso das Metas Inflacionárias esteja sendo enfraquecido, ele precisa agir para segurar o excesso de liquidez no mercado. Sob pena de ver o aumento da indexação, desconfiança, perda de investimentos, entre ouras mazelas....
Mas então por que o debate está centrado na decisão do COPOM? Provavelmente porque deve ser mais fácil atacar uma medida de austeridade, que dói, ou tem gosto ruim, como qualquer remédio.... do que atacar uma Política Fiscal que está beneficiando setores pontuais, elegendo como campeões a construção civil, as montadoras, as distribuidoras de energia (2,8 bilhões aprovados ontem para reduzir as tarifas), os bens duráveis... entre outros, e que agora esgotou a possibilidade de crescimento via consumo.
Essa política fiscal expansionista, em momentos de crise e de desemprego tem sim respaldo na literatura econômica, mas em um país cuja NFSP só aumenta (déficit) e que a capacidade ociosa está zerada devida a falta de investimentos (FBKF) em setores de infraestrutura que possibilitem alargar os gargalos cada vez mais constantes da nossa economia. Ou você acredita que capital físico são os estádios da copa do mundo!?!?
Realmente nossa economia anda igual a um paciente hepático que precisa parar de beber, mas prefere tomar remédio para o fígado do que largar seu vício. Acontece que a morte do paciente nesses casos é certa, e, o Brasil, terá solução?
Comentários
Postar um comentário