O leilão dos lotes do pré-sal entre a foz do Amazonas e o nordeste brasileiro foi um sucesso, uma marcar de 2,8 bilhões foram levantados (menor do que o passado se corrigir pela inflação), mas isso é irrisório frente ao investimento necessário ao setor para que se torne uma realidade a produção. Neste ano mais uma será feita, e promete ser um novo recorde, o leilão na bacia de santos e norte fluminense. Ao que tudo indica o setor irá movimentar nos próximos 6 anos algo em torno de 50 bilhões, com investimentos estrangeiros e nacionais.
Bom e por que um artigo para isso? Bem, todo estudante de economia já ouviu falar da doença holandesa, que advém de um investimento maciço da economia em um setor de commodities que quando se esgota, acaba devastando toda a economia, que passou a depender exclusivamente deste setor. O Brasil tem uma baixa capacidade de investimento dado sua poupança que beira os 15% do PIB, muito abaixo da média de países como China, Japão e Coréia do Sul que é de aproximadamente 50% para cima.
Dado essa capacidade limitada de investimento, o pré-sal irá atrair investimentos de outros setores da economia, e a minha preocupação consiste no contexto histórico, pois ao que parece a matriz energética mundial está passando por uma transformação, seja pelo aumento do percentual dos motores híbridos e a utilização de outras matrizes energéticas para a produção, seja pelo chamado Gás de Xisto, que vem reduzindo os preços de energia nos Estados Unidos e tem tudo para aumentar sua utilização.
Sendo assim, como ficaria o Brasil nesse cenário? É uma dúvida que permanece, e uma crítica notória é que os leilões e esses investimentos deveriam ter sido feitos já no segundo mandado do presidente Lula, ou seja, esses investimentos ao invés de estarem no papel, já deveriam ter sido feitos. O que iria mitigar notoriamente o risco atual o qual o Brasil passa a conviver.
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