O Brasil hoje sofre uma pressão inflacionária de origem fiscal, sobretudo, pois ao contrário dos dados publicizados, o desemprego vem aumentando em 2013, e nossa eficiência se reduz ao se comparar com outros países. Não pense apenas na China, perdemos em competitividade paro o México, Chile, Argentina, Uruguai, pois perdemos espaço na pauta de importação desses países.
A. W. Phillips em 1958 percebeu uma relação entre o desemprego e a variação nos salários para o Reino Unido, mostrando que existe uma correlação negativa entre inflação e desemprego. Embora a percepção de Phillips fosse apenas para o UK, outros trabalhos mostraram essa relação para outros países.
Hoje em dia, no Brasil (dados do IPEADATA, Desemprego na Região Metropolitana de São Paulo, contra inflação, medida ao mês) tem-se a seguinte configuração:
Percebe-se uma relação negativa entre inflação e desemprego. Esses dados são mensais de 1995 até 2013.
No longo prazo essa relação tende a ser zero, com uma curva vertical, como predica o modelo clássico.
Nos últimos meses em nosso país houve um aumento da inflação, porém um aumento no desemprego também foi percebido, que atinge seu mínimo mais recentemente em 2012. Mas ao contrário do que predica o governo vem aumentando, e já foi muito menor nos anos 90 como mostra o gráfico abaixo.
Sendo assim, a trajetória positiva da inflação, como era de se esperar, não advém da queda no desemprego, por esta ser uma relação de curto prazo, assim como Friedman em 1968 e Edmund Phelps posteriormente demostraram.
Temos sim, uma pressão inflacionária originada, sobretudo, pelo lado fiscal expansionista, que desmedidamente passou a atuar no gasto governamental em investimentos caracterizadamente privados, o que paulatinamente afasta o setor privado desses setores, como construção civil (obras para a copa).
E política fiscal expansionista de redução de impostos, dirigidas a setores amigos do governo, o que reduz a nossa competitividade, e nos fazem perder mercado dentro do próprio mercosul. O Brasil tinha 11% de exportações para os países do mercosul em 2008, hoje em dia temos apenas 8,4%, um sinal vermelho para a nossa eficiência enquanto economia.
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