O controle inflacionário foi a pedra angular de um desenvolvimento sustentável, e é uma conquista antes de econômica, social, por possibilitar uma melhora na desigualdade de renda. Pois a inflação é extremamente onerosa para as classes sociais mais baixas.
O Brasil agora (2013), como em 2002, tem sua moeda ameaçada pela inflação, por motivos antagônicos, mas que andam na mão de um mercado que gera expectativas, e que cobra por desvios.
A inflação no Brasil é um problema crônico, que desde a república velha assola - a virada do séc XIX para o séc. XX - com a política de Rui Barbosa do encilhamento.
Contudo, esse grande período de tempo nos deu valiosas lições sobre a inflação, a primeira que ela é dolorosa e principalmente desigual, assola como o mais pernicioso imposto indireto sobre o bolso das classes mais baixas que não tem como se proteger da inflação.
Sendo assim, o grande avanço da desigualdade no Brasil se deveu sobre tudo aos grandes níveis de inflação no período. A inflação é um imposto, na verdade sua prática é antiga chamada de senhoriage, que significava o valor que as casas de moeda real cobravam para cunhar moeda. Além desse imposto, o efeito Bacha no Brasil, também, mostrou que a inflação foi a responsável por manter a dívida fiscal do governo controlada, pois havia um hiato entre o período de arrecadação e os gastos e pagamentos de contratos, onde o governo conseguia se proteger melhor da inflação do que os outros atores, possibilitando ganhos reais com a inflação (contrário do efeito Oliveira-Tanzi).
A inflação, então, é um fenômeno monetário mas de causas estruturais fiscal, ou seja, sua principal causa é o déficit fiscal, o que pressiona o governo a imprimir moeda, gerando uma desvalorização monetária com a oferta de moeda. Todas as demais causas são fenômenos de curto prazo, ou então, de desconfiança pela inflação passada, como a indexação, que para ser vencida levou uma década de políticas econômicas equivocadas.
Segue abaixo então a trajetória da inflação:
Como podemos ver, a inflação continua abaixo da sua média para o período que vai de 1995 até 2012, mas ficou acima da meta, o que gera desconfiança no mercado, e possibilita a volta da indexação para se proteger dos efeitos inflacionários.
Além disso comparando com a trajetória da desigualdade observamos que a queda da inflação foi uma das causas do sucesso dessa nova realidade brasileira de melhora na distribuição de renda desde 1995.
Segue abaixo então a trajetória da desigualdade:
Para garantir as vitórias em termos de política econômica, sendo assim, precisamos cobrar por um ajuste fiscal, e não paliativos que mascarem a inflação. Porque, sem dúvidas, a inflação controlada foi o primeiro passo para um desenvolvimento verdadeiramente sustentável, muito mais do que um processo industrial desmedido e de causas extremamente concentradoras de renda, como essa que vem se implementando nos últimos anos.
O Brasil agora (2013), como em 2002, tem sua moeda ameaçada pela inflação, por motivos antagônicos, mas que andam na mão de um mercado que gera expectativas, e que cobra por desvios.
A inflação no Brasil é um problema crônico, que desde a república velha assola - a virada do séc XIX para o séc. XX - com a política de Rui Barbosa do encilhamento.
Contudo, esse grande período de tempo nos deu valiosas lições sobre a inflação, a primeira que ela é dolorosa e principalmente desigual, assola como o mais pernicioso imposto indireto sobre o bolso das classes mais baixas que não tem como se proteger da inflação.
Sendo assim, o grande avanço da desigualdade no Brasil se deveu sobre tudo aos grandes níveis de inflação no período. A inflação é um imposto, na verdade sua prática é antiga chamada de senhoriage, que significava o valor que as casas de moeda real cobravam para cunhar moeda. Além desse imposto, o efeito Bacha no Brasil, também, mostrou que a inflação foi a responsável por manter a dívida fiscal do governo controlada, pois havia um hiato entre o período de arrecadação e os gastos e pagamentos de contratos, onde o governo conseguia se proteger melhor da inflação do que os outros atores, possibilitando ganhos reais com a inflação (contrário do efeito Oliveira-Tanzi).
A inflação, então, é um fenômeno monetário mas de causas estruturais fiscal, ou seja, sua principal causa é o déficit fiscal, o que pressiona o governo a imprimir moeda, gerando uma desvalorização monetária com a oferta de moeda. Todas as demais causas são fenômenos de curto prazo, ou então, de desconfiança pela inflação passada, como a indexação, que para ser vencida levou uma década de políticas econômicas equivocadas.
Segue abaixo então a trajetória da inflação:
Como podemos ver, a inflação continua abaixo da sua média para o período que vai de 1995 até 2012, mas ficou acima da meta, o que gera desconfiança no mercado, e possibilita a volta da indexação para se proteger dos efeitos inflacionários.
Além disso comparando com a trajetória da desigualdade observamos que a queda da inflação foi uma das causas do sucesso dessa nova realidade brasileira de melhora na distribuição de renda desde 1995.
Segue abaixo então a trajetória da desigualdade:
Para garantir as vitórias em termos de política econômica, sendo assim, precisamos cobrar por um ajuste fiscal, e não paliativos que mascarem a inflação. Porque, sem dúvidas, a inflação controlada foi o primeiro passo para um desenvolvimento verdadeiramente sustentável, muito mais do que um processo industrial desmedido e de causas extremamente concentradoras de renda, como essa que vem se implementando nos últimos anos.
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