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Mamonas Assassinas: gênios impublicáveis no mundo atual

Do forró ao heavy metal os caras simplesmente não deixaram ninguém em paz. Contudo, a turma do politicamente correto, caso surgissem hoje, não deixaria em paz a genialidade do que foi, para mim, o melhor grupo musical que o Brasil revelou nos últimos 20 anos. Com simplicidade e falando o óbvio atacaram com seu humor ácido, a classe média, as vadias, os cornos, os gays, pagodeiros, pobres, nordestinos... O discurso da censura faz com que um assunto vire tabu. O que provoca uma falta de reflexão sobre o tema, sob pena das pesadas críticas daqueles que pensam que já conhecem a verdade. Sou totalmente contra à qualquer censura. Mesmo aquela que de fato cala a estupidez. Na minha opinião a estupidez é bem vinda, ela gera reflexão no interlocutor. O locutor se rotula, não se esconde. Está cheio de pessoas ignorantes que evitam expressar suas opiniões e por tanto não conseguem ser identificadas. Ouvindo o seu único CD, chego a conclusão de que seu sucesso não foi algo do acaso. Não s

Pela Melhoria do Ensino Superior

Nas minhas turmas de cálculo percebo o despreparo, e sobretudo o descaso dos alunos do ensino público pela oportunidade que lhes é concedida pela sociedade. Não a culpa não é do ENEM e nem das Cotas. Apesar do ENEM ter reduzido consubstancialmente os conhecimentos requeridos na minha área, exatas e afins, para que alguém consiga ser aprovado com êxito em uma universidade federal. A falta de conhecimento não é desculpa. Aliás é uma das propostas acadêmicas, uma prova que ao invés de cobrar conhecimentos prévios instiga o aluno a demonstrar sua capacidade cognitiva em aprender e desenvolver novos aprendizados. Logo, como gera distribuição, e caso essa distribuição seja correlacionada com a habilidade do aluno, o ENEM serve como seleção. Contudo, a maioria dos alunos de fato não conseguem acompanhar o currículo normal de uma cadeira de cálculo e eu penso como será nas outras disciplinas. Observando os argumentos do colunista da Folha Helio Schwartsman, que argumenta em relação à

Defendendo o indefensável

A ideologia aproxima e nos faz irmãos.... irmãos na ignorância e na falta de reflexão. Aceita-se tudo calado, e ao mesmo tempo histericamente defendemos o que não tem defesa...aquilo que por si só tolhe qualquer forma de racionalidade. Os exemplos são enormes, desde o mais médicos com sua propaganda disfarçada para financiar o regime comunista de Cuba, contrariando a própria constituição que defende o livre exercício e a remuneração igualitária. O mais recente exemplo foi a defesa da orgia promovida pelos estudantes da UFF, graças à bandeira do feminismo. Não tenho nada contra às orgias, desde que essas sejam financiadas por dinheiro privado, e ocorram em locais privados. Cada um exerce sua liberdade sexual do jeito que for. Mas se as mulheres forem no nível das fotos, por favor não me convidem. Mas, financiar aquilo como se fosse um evento cultural, patrociná-la com dinheiro do CNPQ e criticar com violência quem acha um absurdo, é uma paródia digna de Cervantes, seu Dom Quixote e

Jeitinho Brasileiro: copa inacabada

A menos de dez dias para a Copa do Mundo e tanta coisa a ser feita. Que Estado e Governo incompetentes. Contudo, durante a minha vida presenciei pessoas e eu mesmo já tive que fazer, tarefas que durante o prazo normal não me planejei para que terminassem de forma correta e eficiente. Hoje enquanto professor observado vários alunos que desde trabalhos, provas até monografias e dissertações esperam para o último minuto para tentarem terminar, seja de qualquer forma for. Pelo brasileiro, essa Copa aconteceria em 2015, e seria perfeita. Único ano em que ela não aconteceu em ano par, por que essa rotina já estava ficando chata. Mais uma vez, a leniência cultural do brasileiro, com sua aversão a prazos e planejamento mostra o resultado, e nessa aversão eu mesmo me incluo. Afinal de contas, dar um jeitinho é muito melhor. Tudo isso tem a ver, novamente, com a impaciência. Um planejamento bem feito faz com que a pessoa negue distrações no curto prazo. Na hora de fazer um planejamen

A impaciência te deixa mais pobre.

Pouco se aborda esse tema, que deveria ser levado em consideração na discussão dos juros no país. O brasileiro de forma cultural tende valorizar muito o consumo presente mesmo pagando altos juros para antecipar seus recebimentos futuros. E sim, isso tem nada a ver com a SELIC alta. O Governo, também como todo bom brasileiro, gosta de antecipar renda futura, emitindo títulos da dívida uma vez que gasta mais do que arrecada. Parece algo que está no nosso DNA, a cultura do Presente . Sendo assim, quanto mais impaciente uma pessoa for, maior será a taxa de desconto que ela impõe a fluxos de caixa no futuro. A impaciência possui um efeito de reduzir seu valor presente de forma quadrática. A conta não é tão simples, porém segue abaixo:  Pense em um fluxo de caixa constante: Logo, o efeito da impaciência é reduzir em muito seu montante. Ou seja, quanto mais impaciente você for, mais pobre será, por definição. A impaciência pode ter um efeito de segunda ordem positivo,

Rio de Janeiro fomenta o casamento

O aumento do custo de vida tem alguns desdobramentos. Talvez o mais positivo deles seja a manutenção do casamento e o incentivo a uniões estáveis. A conta é simples, sustentar uma casa é mais barato do que sustentar duas separadamente. O casamento historicamente é fomentado pela religião e também pela economia. Uma família produz ganhos de escala. Além disso, taxa de fecundidade e de uniões estáveis é maior entre a população de renda mais baixa. Não é o acaso que gera esse resultado, e sim a própria necessidade. Pessoas mais pobres precisam dividir despesas, e por isso emerge a necessidade do casamento ou de uma união estável. Além do mais, com o aumento do custo de vida, casais mesmo que infelizes terão que manter o casamento caso queiram manter o mesmo padrão de vida. Os custos processuais com um divórcio e de sustentar duas casas impede que muitos tomem essa decisão. Além disso, quanto mais baixa a renda, maior é o ganho em termos de padrão de vida ao se casar. A conta é simp

Militarização da Administração do Ensino Público

Existe uma verdade insólita. Não gastamos pouco com educação básica. Gastamos mal, muito mal. Uma política pública incontestável é a da educação básica de qualidade e gratuita, que atenda universalmente toda a população. Algo factível se analisarmos países que atingiram esse patamar já na virada do séc XIX para o séc XX. Está no censo comum que o ensino público é uma porcaria porque o professor ganha mal e porque não há estrutura física adequada. Mentira. Um professor no ensino público ganha igual ou maior do que a sua contrapartida no ensino privado. Os concursos para professores são concorridos e geralmente atraem os melhores candidatos. Então porque dessa qualidade pífia? Não precisamos nem compararmos a média das nossas escolas públicas com os padrões internacionais. Basta compararmos o desempenho com as escolares particulares vizinhas as escolas públicas. É provável que o custo por aluno seja maior nas escolas públicas que nas escolas particulares. (Algo fácil de ser estima

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