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Militarização da Administração do Ensino Público

Existe uma verdade insólita. Não gastamos pouco com educação básica. Gastamos mal, muito mal. Uma política pública incontestável é a da educação básica de qualidade e gratuita, que atenda universalmente toda a população. Algo factível se analisarmos países que atingiram esse patamar já na virada do séc XIX para o séc XX.

Está no censo comum que o ensino público é uma porcaria porque o professor ganha mal e porque não há estrutura física adequada. Mentira. Um professor no ensino público ganha igual ou maior do que a sua contrapartida no ensino privado. Os concursos para professores são concorridos e geralmente atraem os melhores candidatos.

Então porque dessa qualidade pífia? Não precisamos nem compararmos a média das nossas escolas públicas com os padrões internacionais. Basta compararmos o desempenho com as escolares particulares vizinhas as escolas públicas. É provável que o custo por aluno seja maior nas escolas públicas que nas escolas particulares. (Algo fácil de ser estimado).

Sendo assim, estamos em um momento de reflexão e a conclusão é uma só sobre a gestão das escolas públicas. Qualquer gestão é melhor do que a atual. Uma iniciativa que eu defendo é a de militarizar a administração do ensino. Ninguém entende mais de disciplina e rigor do que as organizações militares. Digam o que quiserem. Qualquer ensino por pior que seja, incutindo disciplina e postura aos alunos, já é uma grande coisa.

Passando em frente à qualquer escola municipal e estadual percebemos como estamos cuidando mal e porcamente da sociedade do futuro. Crianças indisciplinadas, e que antigamente esperavam sair do portão para cometer alguns poucos atos de indisciplina, os cometem em sala de aula, vide o aumento do número de algo impensável, agressão a professores em sala de aula.


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