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Recontextualizando a corrida presidencial.

Analisando a corrida presidencial como um modelo de concorrência linear, ou seja, candidatos que trazem plataformas que se posicionam no velho diagrama Jacobinos e Girondinos, Dilma x Aécio são plataformas diametralmente opostas. Fato este que torna as intenções de votos entre ambos uma disputa bastante interessante do ponto de vista de plataformas políticas, uma vez que uma não pode querer se aproximar da outra. Contudo, um candidato como Eduardo Campos trouxe uma vantagem entre ambos, poderia se situar bem no centro dessa disputa, atraindo votos do eleitor mediano. Em uma disputa do tipo ordinal, Campos seria o candidato com menos rejeição de ambos os eleitores. Além do mais, puxaria votos de eleitores que votariam ou Dilma ou Aécio. Portanto, era uma peça chave para levar as eleições para o segundo turno. Com sua repentina morte, algo extremamente triste e inesperado, abriu-se uma grande janela de incerteza às vésperas da madrugada democrática. Não se tem a real noção como

Não há nada de novo debaixo do sol: Calote da Argentina

A despeito do que muitos pensam, a questão do Calote da Argentina é uma situação prevista e precificada. O país de fato passa por uma crise econômica movida e solidificada pelas políticas da dinastia Kirchner, que há mais de 1 década vem perpetrando uma política econômica de dilapidação da dívida pública argentina, aliando leniência fiscal à políticas comerciais protecionistas. Um calote é uma boa política, desde que não uma série temporal seja algo inócuo. Ou seja, se o passado de um agente pouco importa para prever seu futuro, o melhor a ser feito é quebrar contratos que lhe prendem e trazem um certo desconforto. Ainda mais em período eleitoral, as viúvas do nacionalismo sulamericano vibram ainda com a ideia e o ideal de um Estado 100% autônomo, que pode mandar para as cucuias contratos internacionais, em prol de uma dita melhora para o seu país. Acontece que do ponto de vista prático a história não é bem assim. Nenhum país hoje é uma ilha isolada. Depende de parceiros come

Clubes Brasileitos, CBF e Socialismo: pontos incomum para o fracasso.

Há uma célebre máxima a qual eu concordo: "não existe dinheiro mais mal gasto do que um dinheiro que não é seu, cujo resultado vai para outra pessoa". Assim trabalha o Governo com suas políticas. Retira dinheiro de um grupo de pessoas, no caso real, via impostos, e gasta esse dinheiro em prol de outras pessoas, em forma de políticas públicas. Acontece que uma economia que funciona apenas com um sistema de coisas em comum, ou seja, livre da propriedade privada, tende ser muito ineficiente. O principal ponto dessa ineficiência é a falta de incentivos para que um agente escolha agir otimamente, pois ele sabe que seu esforço não será apropriado em benefício próprio. E quando o resultado do sucesso é dividido, o resultado é um fracasso compartilhado. Assim funcionam os clubes de futebol no Brasil. Grande parte do esforço de uma boa gestão é compartilhado entre os sócios do clube e seus torcedores, via externalidade. Logo, os gestores não se apropriam de forma integral

Ganância: Do proletariado ao empresário

Gananciosos esses empresários. Se apropriam da mais valia gerada única e exclusivamente pela exploração da mão de obra, e com isso tem seus lucros exorbitantes. Essa ganância maldita. Que arrasta milhões para a pobreza e miséria, enquanto poucos sortudos se esbaldam na riqueza e luxo. Legal...mas e o que dizer das greves acontecidas durantes esse período de copa do mundo? Será que os trabalhadores são gananciosos também? Será? Não creio! Eles são companheiros na luta, e pela causa vale tudo, até mesmo ter um parente doente que não poderá ir ao hospital por falta de transporte público. Mas a causa vale. E daí que eles pararam a cidade. E daí que eu precisei de 4 horas para chegar no meu trabalho. Precisamos combater a ganância desses empresários. Mas combater com o quê? Mais ganância?! O oportunismo dos sindicatos revela a sua verdadeira face, ou seja, que todos são iguais, gananciosos, corruptos e ambiciosos. Todos querem uma vida melhor. Contudo a ética precisa existir. Se não

A política protecionista incentivou o déficit em transações correntes

Me lembro em 2002 um discurso do ex presidente Lula criticando a política externa do ex presidente Fernando Henrique. Segundo Lula, a petrobrás gerava empregos fora do país ao mandar produzir suas plataformas de petróleo em países como Cingapura e Corea do Sul. Ueh?! Só porque lá é muito mais barato e eficiente? Temos que salvar nossa indústria nacional e nossos estaleiros. Foi feito, grande parte da política industrial do governo PT foi pautada pela internalização da produção de muitos bens que eram importados, inclusive bens de alta tecnologia. Mas, pergunto eu, se essa tecnologia continua não sendo gerada aqui, qual foram os ganhos reais para o Brasil? Bom para o Brasil eu não sei, mas para a turma das empreiteiras, estaleiros e subsidiárias das empresas multinacionais, foi um ótimo negócio. Com isso o país passou paulatinamente a mudar artificialmente investimentos em setores produtivos para setores que receberam incentivos do governo. Um exemplo disso é o setor de info

Mamonas Assassinas: gênios impublicáveis no mundo atual

Do forró ao heavy metal os caras simplesmente não deixaram ninguém em paz. Contudo, a turma do politicamente correto, caso surgissem hoje, não deixaria em paz a genialidade do que foi, para mim, o melhor grupo musical que o Brasil revelou nos últimos 20 anos. Com simplicidade e falando o óbvio atacaram com seu humor ácido, a classe média, as vadias, os cornos, os gays, pagodeiros, pobres, nordestinos... O discurso da censura faz com que um assunto vire tabu. O que provoca uma falta de reflexão sobre o tema, sob pena das pesadas críticas daqueles que pensam que já conhecem a verdade. Sou totalmente contra à qualquer censura. Mesmo aquela que de fato cala a estupidez. Na minha opinião a estupidez é bem vinda, ela gera reflexão no interlocutor. O locutor se rotula, não se esconde. Está cheio de pessoas ignorantes que evitam expressar suas opiniões e por tanto não conseguem ser identificadas. Ouvindo o seu único CD, chego a conclusão de que seu sucesso não foi algo do acaso. Não s

Pela Melhoria do Ensino Superior

Nas minhas turmas de cálculo percebo o despreparo, e sobretudo o descaso dos alunos do ensino público pela oportunidade que lhes é concedida pela sociedade. Não a culpa não é do ENEM e nem das Cotas. Apesar do ENEM ter reduzido consubstancialmente os conhecimentos requeridos na minha área, exatas e afins, para que alguém consiga ser aprovado com êxito em uma universidade federal. A falta de conhecimento não é desculpa. Aliás é uma das propostas acadêmicas, uma prova que ao invés de cobrar conhecimentos prévios instiga o aluno a demonstrar sua capacidade cognitiva em aprender e desenvolver novos aprendizados. Logo, como gera distribuição, e caso essa distribuição seja correlacionada com a habilidade do aluno, o ENEM serve como seleção. Contudo, a maioria dos alunos de fato não conseguem acompanhar o currículo normal de uma cadeira de cálculo e eu penso como será nas outras disciplinas. Observando os argumentos do colunista da Folha Helio Schwartsman, que argumenta em relação à

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