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Planos de Saúde, uma pirâmide perigosa

O setor de seguro saúde é vital em um país como o Brasil, com índices de saúde pública que beiram ao caos em termos de taxa de esperas para atendimento, exames, internações, cirurgias, e etc. Sem um plano de saúde, um indivíduo se vê em um mundo cuja a incerteza sobre sua própria condição de vida pode tornar suas decisões econômicas bastante complicadas. Vejamos um exemplo: todos estamos sujeitos a contingências médicas, como quebrar uma perna, um infarto, câncer e etc. Todos deveriam, então, fazer uma provisão para despesas médicas, na medida que sua propensão a esses eventos seja maior ou menor. Contudo, você conhece alguém que junta dinheiro para o consumo futuro de saúde? Não né. A questão é que as pessoas quando pensam no futuro, pensam sempre em consumir coisas que lhe tragam algum prazer, e gastos com saúde são apenas gastos com situações muito indesejadas. Logo, ninguém reflete sobre a real necessidade, até que ela aconteça, e lá se vai todo o patrimônio que o indiv

Manter a inflação dentro da meta, por quê?

Além das críticas percebidas pelo Governo no que tange ao pífio crescimento econômico desde ano, e da média dos 4 anos do atual mandado presidencial, grande parte do discurso econômico que visa alertar sobre os fracos alicerces da atual gestão mira no controle da inflação.  Alguns irão dizer que o controle inflacionário é responsabilidade do Banco Central, e a Pres. Dilma escolheu um funcionário de carreira, com ampla experiência no setor, assim como fez na Petrobrás. Não sei se um currículo que exprime uma vasta carreira no setor público se traduz em grandes virtudes, os resultados mostram o oposto. Mas, os eleitores que estão protegidos da inflação, mesmo aqueles que possuem contratos indexados, ou que acreditam que inflação é algo que, em certa medida, deve existir na economia, para haver coexistência de crescimento econômico e aumento no nível de emprego. Pois bem, existe um custo de se controlar a inflação sobre a égide da tríade Metas de Inflação, Câmbio Flutuante e

Democracia: Moral Harzard e Seleção Adversa

Democracia significa poder do povo. Seu sufixo do grego kratia deveria ser posto no diminutivo quando se trata da democracia institucionalizada na Constituição do Brasil. Esse diminutivo deveria conotar um poder que se assemelha ao papel da mulher na nossa sociedade há pouco tempo atrás. Onde a mulher traída não tinha o direito de pedir o divórcio, e deveria continuar com o casamento. Ou seja, ela poderia escolher, mas não poderia "demitir" um marido adúltero. As mulheres evoluíram nos seus direitos, mas o povo não. Infelizmente, não podemos demitir aqueles que nos traem, e mesmo sem ser casados, nos fodem  o tempo todo. Em um modelo de perigo moral, a falta de mecanismos e controles internos que façam com que o agente execute exatamente o que está no contrato, lhe compele a perseguir o caminho de menor esforço e de máxima utilidade para si, e não para seu contratante. E, tais mecanismos faltam na democracia brasileira. Além do mais, o mercado de políticos no Bras

Política: a arte do second best.

Muitos se deparam com falas de políticos que são diametralmente opostas. Políticos que ontem eram antagônicos hoje em dia se apoiam. Ideias e ideologias que se conflituam e se harmonizam no jogo político de uma forma que parece desafiar a física, aonde duas ideias ocupam o mesmo espaço. No jogo político poucos, ou quase nenhum, são aqueles que conseguem ser sinceros com seus pensamentos. Muitos se escondem em um grupo que fundamenta e legitima suas ações e ideias. Logo, como uma massa, as ideias se confundem e o indivíduo se confunde com o coletivo. A sinceridade dita acima é a procura pelo seus objetivos primários, ditos first best. Tais objetivos raramente são factíveis no mundo prático. Exemplo deste fato está presente na vida de todos, reveja suas escolhas, seja profissão, casamento e família e moradia. Sempre foram seus sonhos, ou foram acontecendo, de acordo com a disponibilidade? Geralmente prevalece esta última. A questão da disponibilidade faz com que escolhamos

Recontextualizando a corrida presidencial.

Analisando a corrida presidencial como um modelo de concorrência linear, ou seja, candidatos que trazem plataformas que se posicionam no velho diagrama Jacobinos e Girondinos, Dilma x Aécio são plataformas diametralmente opostas. Fato este que torna as intenções de votos entre ambos uma disputa bastante interessante do ponto de vista de plataformas políticas, uma vez que uma não pode querer se aproximar da outra. Contudo, um candidato como Eduardo Campos trouxe uma vantagem entre ambos, poderia se situar bem no centro dessa disputa, atraindo votos do eleitor mediano. Em uma disputa do tipo ordinal, Campos seria o candidato com menos rejeição de ambos os eleitores. Além do mais, puxaria votos de eleitores que votariam ou Dilma ou Aécio. Portanto, era uma peça chave para levar as eleições para o segundo turno. Com sua repentina morte, algo extremamente triste e inesperado, abriu-se uma grande janela de incerteza às vésperas da madrugada democrática. Não se tem a real noção como

Não há nada de novo debaixo do sol: Calote da Argentina

A despeito do que muitos pensam, a questão do Calote da Argentina é uma situação prevista e precificada. O país de fato passa por uma crise econômica movida e solidificada pelas políticas da dinastia Kirchner, que há mais de 1 década vem perpetrando uma política econômica de dilapidação da dívida pública argentina, aliando leniência fiscal à políticas comerciais protecionistas. Um calote é uma boa política, desde que não uma série temporal seja algo inócuo. Ou seja, se o passado de um agente pouco importa para prever seu futuro, o melhor a ser feito é quebrar contratos que lhe prendem e trazem um certo desconforto. Ainda mais em período eleitoral, as viúvas do nacionalismo sulamericano vibram ainda com a ideia e o ideal de um Estado 100% autônomo, que pode mandar para as cucuias contratos internacionais, em prol de uma dita melhora para o seu país. Acontece que do ponto de vista prático a história não é bem assim. Nenhum país hoje é uma ilha isolada. Depende de parceiros come

Clubes Brasileitos, CBF e Socialismo: pontos incomum para o fracasso.

Há uma célebre máxima a qual eu concordo: "não existe dinheiro mais mal gasto do que um dinheiro que não é seu, cujo resultado vai para outra pessoa". Assim trabalha o Governo com suas políticas. Retira dinheiro de um grupo de pessoas, no caso real, via impostos, e gasta esse dinheiro em prol de outras pessoas, em forma de políticas públicas. Acontece que uma economia que funciona apenas com um sistema de coisas em comum, ou seja, livre da propriedade privada, tende ser muito ineficiente. O principal ponto dessa ineficiência é a falta de incentivos para que um agente escolha agir otimamente, pois ele sabe que seu esforço não será apropriado em benefício próprio. E quando o resultado do sucesso é dividido, o resultado é um fracasso compartilhado. Assim funcionam os clubes de futebol no Brasil. Grande parte do esforço de uma boa gestão é compartilhado entre os sócios do clube e seus torcedores, via externalidade. Logo, os gestores não se apropriam de forma integral

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