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Reflexão sobre o dia dos professores

Primeiramente uma piadinha rápida:  - Gato, o que você faz da vida? -Então, eu sou professor. Quer alguma coisa para beber? -Sim. -Já volto. -Ei garçon, me vê duas cervejas. -Voltando ao assunto.....Gata, ei cadê você....Que fdp....(devia ter dito que era jogador de futebol do Madureira). Peter Drucker desenvolveu a teoria neoclássica da administração. Como a denotação da palavra, tal teoria é extramente rica e fornece respostas rápidas para profissionais de várias áreas, inclusive nós, profissionais da economia e acadêmicos. Para Drucker a empresa deveria fornecer ao seu colaborador - se não foi ele quem cunhou o termo colaborador, substituindo o termo empregado, lhe é creditado, duas funções. A primeira, a mais importante delas, é a função social do trabalho. Ou seja, o indivíduo, uma vez ingressando como colaborador de uma empresa, não mais é visto como apenas uma engrenagem, e sim como um ser, que como todos da espécie, possui o desejo e a necessidade de s

Do público ao privado: está tudo errado.

Primeiro ponto. Não há nada de inovador no UBER - do ponto de vista tecnológico. Não se produz mais com os mesmos recursos. Há na verdade uma melhora gerencial. Tal melhora se reflete em um programa que consegue cadastrar motoristas credenciados, o que faz com que pessoas que demandam esse serviço, possam utilizar a lista da empresa para efetuar sua escolha. O UBER enquanto tecnológico não provocou sequer um avanço. Porém, mexeu em uma estrutura de transportes públicos atrasada, e acima de tudo, mafiosa. Tudo que concerne ao transporte público é máfia. Inclusive o próprio órgão fiscalizador dos meios de transportes privados - o Detran. Não há um órgão mais corrupto que este - porém, seria necessário um livro para enumerar os inúmeros casos de corrupção, ingerência e falta de governança do órgão, sem contar em desvio de finalidade. Sempre me perguntei porque os ônibus dos condomínios da Barra da Tijuca e Rio2 são liberados e o transporte de vans e kombis são proibidos. Não c

Venda de plantões e administração pública

Notícias que incomodam por revelar o que todo mundo sabe, demonstra a verdadeira hipocrisia que acontece no Brasil. A mais recente é a revelação - de algo muito antigo, porém facilitado pela tecnologia - que é a venda de plantões médicos. Funciona assim, um médico que precisa faltar ao seu plantão faz uma espécie de sub-contratação de algum outro, para cobri-lo, em eventual necessidade de falta. É obvio que, para o médico que sub-contrata não existe grande vantagem, uma vez que ele abre mão da sua remuneração por um serviço que iria prestar, mas delegou a um terceiro. Contudo, caso este profissional não seja remunerado como acredita que deveria, e mais, como o mercado pagaria, ele simplesmente tem todos os incentivos do mundo para fazê-lo. Na prática, os plantões são trocados por médicos mais experientes e melhores capacitados - geralmente já concursados, ou contratados - por médicos recém formados que precisam de dinheiro, e por isso, correm atrás dos plantões em finais de s

Disciplina e Método, sem eles, o ensino brasileiro além de ser inoperante e improfícuo, continuará formando os bandidos do amanhã

Os menores que cometem crimes hediondos e que são alvos agora da Emenda Constitucional que visa reduzir a maioridade penal de 18 para 16 anos, nasceram entre 1997 e 1999. São fruto, obviamente sem generalizações, de um ensino mais liberal possível. Detém todas as liberdades que uma criança, ou um ser poderia sonhar dentro da escola. A disciplina das crianças não é mais controlada por nenhum regimento ou estatuto. O MEC apenas tece diretivas concernentes aos critérios de aprovação do aluno. Ou seja, basta obter 75% de presença e obter a média final pré-definida pela escola, que o aluno passa. A única figura de autoridade que a criança e adolescente encontra é o professor que, mediante a necessidade de transmitir algum conhecimento, e o aluno, mediante a necessidade de obter a média final, cooperam para que ambos atinjam esse objetivo - em teoria. Na prática, e se o aluno não quiser aprender? O que o professor pode fazer? Nada! Absolutamente nada. E mais, e em relação à indisci

Quando eu disse que a Petrobrás ou privatiza ou irá a bancarrota...seguem os dados

Efetuando-se uma análise sobre os balancetes da empresa, e comparando-se essa análise com as outras empresas do setor, seja no Brasil (muito poucas), seja, por exemplo, no mercado americano -aonde se tem mais competitividade, mais transparência e mais governança, o que se traduz por dados mais críveis. Chegas-e aos seguintes resultados, e no fim da conta, as previsões são alarmantes. Veja comigo: A tabela representa um combinado de retorno, dividendos e dívida sobre o patrimônio líquido, de todas as empresas do setor de petróleo de gás, listadas na bovespa, e também, na bolsa de Nova York. Veja, primeiro, que por retorno, a Petrobrás - descontada da inflação - vigora na posição 74 e 79 (ordinárias e preferenciais respectivamente) se levar em conta o retorno em 12 meses ao se investir no papel da empresa. O total é 92. No mercado brasileiro, a Petrobrás só está na frente da OGX e da Petrorio (seja lá que empresa é essa). As grandes do setor, como a Exxon e Chevron estão l

Reflexão sobre os monopólios e incentivos à avanços tecnológicos. Será que mais governo é solução

Divagando sobre o tema dos monopólios percebemos uma coisa. Geralmente, quando algum setor permite a ocorrência de um monopólio, o Estado estará lá, seja para assumir o setor de forma integral, seja para regulá-lo. A única exceção a essa afirmação, até hoje, é a Microsoft, que monopolizou o sistema operacional de computadores, mas que, de alguma forma manteve-se intacta a intervenção estatal. Suponha que na década de 1980, quando começaram a serem fabricados os primeiros computadores pessoais, um dos setores houvesse se tornado um monopólio estatal. Suponha que esse setor seja o de armazenamento de dados. Quem não acompanhou a evolução do armazenamento de dados, ficará surpreso em saber que os dados já foram armazenados em cartões perfurados, depois em discos de 5,25 polegadas, depois em disquetes de 3,11 polegadas, depois em CD´s, depois em DVDs, e atualmente, são armazenados em nuvens de dados. Na mesma proporção que iam diminuindo de tamanho físico, as unidades armazena

Câmbio desvalorizado é sinônimo de industrialização? Reflexões

O que é essa tese, e quem a defende: Uma tese defendida por notórios acadêmicos, sendo o mais expoente dessa teoria o prof. Besser Perreira, é a de que o câmbio desvalorizado ajuda a industria nacional, correlacionando-se com isso, a valorização cambial ocorrida entre 2002 á 2012 - mesmo com momentos de pressão cambial - com a desindustrialização no período. Além disso, deposita grande parte do sucesso na gestão econômica do primeiro governo Lula (2002-2006) ao patamar de 4 reais por dólar que vigorava no início da sua gestão. Com isso, cria-se um jargão de responsabilidade cambial, argumentando que, sem um cambio desvalorizado, ocorre uma perda de competitividade, e passamos a produzir menos do que consumimos, elevando as importações, promovendo déficit na balança comercial, e, por fim, reduzindo investimentos em um setor tão importante quanto a indústria (importante para quem?). Antítese: Quem discorda dessa posição lembra que, no Brasil, existe o sistema de metas

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