Efetuando-se uma análise sobre os balancetes da empresa, e comparando-se essa análise com as outras empresas do setor, seja no Brasil (muito poucas), seja, por exemplo, no mercado americano -aonde se tem mais competitividade, mais transparência e mais governança, o que se traduz por dados mais críveis. Chegas-e aos seguintes resultados, e no fim da conta, as previsões são alarmantes.
Veja comigo:
A tabela representa um combinado de retorno, dividendos e dívida sobre o patrimônio líquido, de todas as empresas do setor de petróleo de gás, listadas na bovespa, e também, na bolsa de Nova York. Veja, primeiro, que por retorno, a Petrobrás - descontada da inflação - vigora na posição 74 e 79 (ordinárias e preferenciais respectivamente) se levar em conta o retorno em 12 meses ao se investir no papel da empresa. O total é 92. No mercado brasileiro, a Petrobrás só está na frente da OGX e da Petrorio (seja lá que empresa é essa). As grandes do setor, como a Exxon e Chevron estão lá em cima no ranking. Mostrando, com isso, que a "gigante" brasileira anda muito mal das pernas, no que tange seu retorno no mercado - o que de fato era esperado.
A empresa, também, em 12 meses não distribui nenhum dividendo - uma vez que não obteve lucro, o prejuízo da empresa, por ação, foi de 2 reais. Ou seja, cada acionista da empresa, recebeu de retorno, nos investimentos da empresa 2 reais negativos, em 12 meses. Mais um sinal de que a empresa não irá reverter tão cedo as expectativas negativas.
Com o EBITIDA negativo, ou seja, o resultado operacional bruto (sem descontar juros, impostos, depreciação, amortização) negativo, a empresa apresentou uma razão EBITIDA/DÍVIDA BRUTA de menos 3,8%. Isso significa, que em 12 meses - descontando-se a inflação-, o endividamento da empresa cresceu no mínimo em 3,8%. Mais uma prova de que a empresa anda muito mal das pernas.
A verdade é que, existem cadeias produtivas que estão ligadas ao desempenho da Petrobrás. Essa, também, estão, e ficarão em uma situação mais complicada ainda se a empresa mantiver os mesmos níveis de desempenho. Isso afetará não só o setor privado, mas estados e municípios que dependem dos impostos e royalties da estatal para fechar suas contas.
A má gestão da empresa não foi alvo de denúncias de um único funcionário sequer. E, talvez, eles sejam os que mais pagarão o pato por uma reviravolta, seja na administração, seja na falência da empresa. Não vejo injustiça nessa questão. Só queria que os administradores - ligados ao governo - também enfrentassem as mesmas implicações financeiras, e não pudessem pular como abutres para novas empresas, provocando o mesmo estrago.
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